O contrato foi firmado em 27 de fevereiro, “mas a empresa só foi homologada em fevereiro”. O motivo, segundo Lacerda, foi o recurso impetrado por outra empresa que participava do certame questionando os impedimentos já existentes contra a Diana Paolucci na prefeitura paulista. Isso justifica a demora na entrega do material nas escolas públicas, de acordo com Lacerda. “Nós vamos apertá-la (a Diana Paolucci) em termos de prazo e de qualidade para que os alunos não sejam prejudicados”, comprometeu-se.
O contrato, de 12 meses, da Prefeitura de Belo Horizonte com a Diana Paolucci passou a valer seis dias antes de a empresa ser novamente incluída no cadastro de impedimentos da Prefeitura de São Paulo. Desta vez, por determinação do Corpo de Bombeiros da capital paulista por não execução total do contrato de R$ 517 mil assinado com a corporação para o fornecimento de fardas para os militares. A suspensão foi baseada na Lei Federal 10.520, de julho de 2002, que determina que o fornecedor que não cumprir contratos firmados com a administração pública “ficará impedido de licitar e contratar com a União, estados, Distrito Federal ou municípios pelo prazo de até cinco anos”. Além do impedimento, ela foi multada em R$ 155 mil.
Acusação de fraude
A Diana Paolucci é ainda uma das acusadas pelo Ministério Público Federal de fraude em um processo licitatório para o fornecimento de capas para caixas-d’agua para a Fundação Nacional de Saúde (FNS). O MPF acusa a empresa de atuar como laranja de um grupo de empresas que se revezam em licitações irregulares.
O site do Grupo Diana Paolucci informa que as empresas do grupo são fornecedoras para o Exército, a Marinha, a Aeronáutica, os Correios, Polícia Militar, bombeiros, Infraero e ainda o Ministério da Educação, por meio do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE). O grupo atua em diversos segmentos de atividades comerciais, industriais e de comércio exterior e tem unidades no Ceará, em Itajaí (SC), São Paulo, Distrito Federal, Hong Kong e Xangai, na China.