“Vai acontecer com ele o que aconteceu no PT. Vão vaiar, vão reclamar”, prevê o presidente estadual do PSDB, Pedro Tobias, se Kassab participar de um futuro evento dos tucanos. Para o dirigente, o prefeito indicou já ter partido na questão. “Ele quer estar do lado do governo, vai ser ministro, alguma coisa. Mas isso não é problema nosso, é do PT.”
Comedido, o presidente municipal do PSDB, Julio Semeghini, reconheceu que um acordo com Kassab está “mais difícil”, mas evitou descartá-lo. “Temos uma parceria de longo prazo com o prefeito. O que enfrentamos agora é um problema pontual.”
Entre os petistas, a participação de Kassab na festa do partido deixou mais evidente quem está a favor da aliança entre as siglas e quem é refratário à ideia e teme os ruídos que essa união provocaria na campanha. O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP), considerou positiva a ida do prefeito à festa, apesar das vaias. “Só para lembrar, quando o (vice-presidente) José Alencar foi apresentado ao PT, houve muita vaia. Depois os militantes entenderam a importância dele para nós”, comparou. “Ele (Kassab) foi lá como convidado pela direção do PT, não foi de oferecido nem para mandar recado para ninguém.”