A presidente lembrou que alguns anos atrás era inviável fazer um investimento desse tamanho devido ao monitoramento do Fundo Monetário Internacional (FMI). O FMI permitia o orçamento máximo de R$ 500 milhões para saneamento. “Há uma diferença e tanto de R$ 500 milhões para R$ 35,1 bilhões em menos de oito anos”, destacou.
O governo incluiu no PAC 2 máquinas e equipamentos para manutenção de estradas e sinalizações. Durante a assinatura dos contratos, Dilma destacou que esses municípios concentram grande parte da produção de alimentos do país. “Estrada sinalizada é pré-condição para o escoamento dessa produção”, acrescentou.
Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, as obras também vão se refletir em economia de recursos. “Cada real investido em esgotamento sanitário pode significar uma economia de R$ 4 de investimento em saúde e pode reduzir a mortalidade infantil”, observou.
O Brasil tem 4.866 cidades com menos de 50 mil habitantes. De acordo com o Ministério das Cidades, desse total, 2.701 se cadastraram e 41% delas foram atendidas. Entram na lista de beneficiadas cidades como Sacramento (MG), Quirinópolis (GO) e Pindorama (SP). Segundo o ministro Mário Negromonte, as obras escolhidas foram as que apresentavam os projetos mais avançados, viáveis tecnicamente e que beneficiavam o maior número de pessoas.
CRISE A presidente Dilma criticou a falta de políticas definitivas e de liderança dos países ricos no combate à crise econômica internacional. De acordo com ela, a crise não deriva da falta de dinheiro. “Deriva das decisões políticas que não vemos ser tomadas em definitivo”, alegou. Apesar do contexto de recessão, a presidente afirmou ainda que acredita que o Brasil tem todas as condições para ir “contra a corrente”. “Em vez de ter um 2012 ruim como vemos em vários países, teremos um ano melhor que 2011”, declarou.