O ministro fez a sua parte no jantar, ao endossar a escolha do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) para continuar na liderança do partido. E somente agora ele efetivou Gil Pierre Herck, escolhido há três meses pelo deputado Sandes Júnior (PP-GO) para o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). A nomeação saiu na quinta-feira. "Ele (Negromonte) poderia ter resolvido antes", admite o senador Ciro Nogueira (PP-PI). O PP tem 5 senadores e 41 deputados. Covatti afirma que os três que não assinaram o documento estavam fora de Brasília.
Sandes Júnior relevou o descaso com o seu indicado, dizendo que Negromonte queria que a indicação fosse do partido. O deputado se declara surpreso pela unificação do partido e a manifestação em favor do ministro. "O partido fez o que entendeu politicamente correto para ele ficar na pasta", afirma.
Os deputados Sandes Júnior e Covatti afirmam que até o presidente do partido, senador Francisco Dornelles (PP-RJ), teria apoiado o manifesto de apoio a Negromonte. "Dornelles ficou entusiasmado com o entrosamento da bancada", afirma o deputado gaúcho.
A posição do senador fluminense é outra. Dornelles diz que quer muito ter o partido unido, sem que isso esteja relacionado à manutenção de um ministério. "Eu não participo desse assunto", rebate. "Não gosto nem de falar, porque quem nomeia ministro é a presidente Dilma. Acho o Mário Negromonte sério e trabalhador. Agora é um problema da presidente", disse Dornelles.