De acordo com o líder da Casa, o processo foi instaurado porque Raimundo não teria informado o nome dos parlamentares que estariam envolvidos na denúncia. “Dessa forma, o vereador colocou toda a Câmara sob suspeita”, explicou.
O vereador Raimundo Ferreira afirmou que as chantagens tiveram início após ele apresentar um projeto que alterava a Lei Orgânica do Município e permitia que empresas instalassem dragas às margens do Rio Pará para fazer a retirada de areia e cascalhado. Segundo Ferreira, 27 dias após a tramitação final do projeto, aprovado por unanimidade, ele foi procurado. Na ocasião, a pessoa lhe entrou um pacote.
Segundo o petista, ele pegou o pacote com intenção de identificar quem havia enviado. “Eu aceitei o cheque para poder rastrear de onde saia o dinheiro. Caso contrário, não teria como pegar o autor”, informou. Ainda segundo Ferreira, o dinheiro foi apresentado à Casa na primeira sessão após o recebimento do valor, e que ele mesmo pediu para que a CPI fosse instaurada.
Para Raimundo, ele está sendo vítima de um esquema por ser “o único vereador da oposição”. Ele rebate o argumento do presidente da Câmara de que teria acusado outros dois parlamentares. “Essa foi uma fala que nunca existiu”. Raimundo também afirma que vai recorrer e levar o caso às instâncias superiores e que vai voltar a ocupar o cargo.
Segundo informações do presidente da Câmara, a vereadora Maria Antônia (PT) assume a vaga de Raimundo na Câmara Municipal de São Gonçalo do Pará.