Mas deverá ser procurado por petistas em 2012 em busca de contatos com empresários e financiadores de campanha. Palocci, que foi inocentado pelo Supremo Tribunal de Federal em 2010 da acusação de ter sido o mandante da quebra do sigilo do caseiro Francenildo Santos Costa, agora está sendo investigado por improbidade administrativa.
Ex-ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento deixou a pasta sob suspeitas de irregularidades. Reassumiu o cargo de senador pelo Amazonas. Também voltou a ser presidente do PR, cargo que era exercido interinamente pelo deputado Valdemar Costa Neto (SP). Quando saiu do ministério, fez um discurso duro no Senado, dizendo não aceitar que o partido fosse "varrido para debaixo do tapete". Agora, aguarda a Superintendência da Polícia Federal em Brasília concluir investigação sobre superfaturamento e aditivos irregulares na pasta.
O peemedebista Wagner Rossi resistia bem às denúncias de irregularidades na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) até o Estado de Minas mostrar que ele utilizara um jatinho da empresa Ourofino, dona de contratos com o Ministério da Agricultura. Alegou à presidente Dilma que sua família estava sofrendo com os ataques e preferiu deixar o cargo.
Retornou a Ribeirão Preto (SP) e voltou a dedicar-se ao agronegócio. A tranquilidade que ele esperava, contudo, está longe de ter virado realidade: agora, terá que se explicar à Polícia Federal, que o apontou "como líder de uma organização criminosa", e à sindicância interna aberta pelo próprio ministério que comandou no fim do governo Lula e início da gestão Dilma.
Orlando Silva esteve à frente do Ministério do Esporte por sete anos. Sonhou comandar as Olimpíadas e a Copa do Mundo. Mas irregularidades nos convênios firmados com organizações não governamentais ligadas ao Programa Segundo Tempo e a possibilidade de abertura de investigação no Supremo Tribunal Federal (STF) abortaram seus planos. Ainda pretende ser candidato a vereador pelo PCdoB paulista, mas terá de se entender com o Superior Tribunal de Justiça (STJ), que pediu a quebra dos seus sigilos bancário, fiscal e telefônico.
Os derrubados na atualidade
Antonio Palocci (Casa Civil)
Data da demissão: 7 de junho
Situação: O procurador da República no Distrito Federal Paulo José Rocha Júnior investiga o ex-ministro por improbidade administrativa. Outra apuração, desta vez criminal, está em estudo pela Procuradoria da República. O caso é acompanhado pelo procurador Gustavo Pessanha Velloso
Alfredo Nascimento (Transportes)
Data da demissão: 6 de julho
Situação: A Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal investiga as denúncias de superfaturamento em contratos
de construção e manutenção de rodovias
Wagner Rossi (Agricultura)
Data da demissão: 17 de agosto
Situação: O ex-ministro foi indiciado pela Polícia Federal, apontado como "líder da organização criminosa" que teria arquitetado fraude no Programa Anual de Educação Continuada (Paec) — capacitação de servidores — para desvio de R$ 2,72 milhões. Também terá de responder a uma sindicância interna da pasta.
Orlando Silva (Esporte)
Data da demissão: 26 de outubro
Situação: O Superior Tribunal de Justiça pediu a quebra de sigilo do ex-ministro para apurar denúncias de irregularidades no Programa Segundo Tempo.