Segundo a PF, a história foi descoberta em setembro, quando uma mulher recém-operada no Hospital Aroldo Tolentino, em Montes Claros, denunciou à ouvidoria do local que foi vítima de um golpe que ela desconhecia até então. Ainda segundo as investigações, a mulher foi informada na fila da marcação de cirurgia que ela só conseguiria marcar uma data com a ajuda de Fabiano de Souz, que cobrou R$ 1.200 para fazer o "serviço". Sem condições de pagar pelo procedimento, a vítima teve que vender a única cabeça de gado que tinha e fazer empréstimo de R$ 1.000.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Marcelo Freitas, as prisões de hoje podem revelar um esquema de fraudes ainda maior. “Isso foi a ponta de um iceberg do esquema de dupla cobrança de pessoas internadas pelo SUS. Precisamos avançar nas investigações”, afirmou.
Conforme a PF, os mandados foram expedidos pela 2° Vara Criminal da Comarca de Montes Claros, no Norte de Minas. Os presos serão encaminhados para o presídio regional local, onde ficarão à disposição do Poder Judiciário. As penas podem chegar a oito anos de prisão.
Com informações de Marcelo Ernesto