Existe no Ministério do Trabalho um esquema de extorsão semelhante aos ocorridos no Turismo e no Esporte, informa revista Veja neste final de semana. Segundo apurou a reportagem, assessores do ministro Carlos Lupi, todos ligados ao PDT (partido que ele preside), são acusados de cobrar propina para liberar pagamentos a ONGs suspeitas de irregularidades. A principal acusação partiu do Instituto Êpa, organização do Rio Grande do Norte, que chegou a pedir a intermediação do ministro da Previdência, Garibaldi Alves, para voltar a receber repasses para um programa de qualificação profissional.
Segundo a revista, desde o final do ano passado, o ministério do Trabalho suspende repasses de dinheiro para ONGs quando há sinais de irregularidades. No entanto, quando
A Veja cita como participantes do esquema o deputado federal Weverton Rocha (PDT-MA), então assessor especial do ministro Lupi, Anderson Alexandre dos Santos, coordenador-geral de qualificação, e Marcelo Panella, demitido em agosto após ocupar a função de chefe de gabinete de Lupi por quatro anos. O deputado Rocha confirmou à revista que uma de suas funções era receber representantes de ONGs, mas negou a exigência de propina. "Essas acusações têm o objetivo de prejudicar o ministro", disse. Panella, outro dos acusados, disse à revista que jamais participou de qualquer prática ilegal e que só saiu do governo porque não se adaptou em Brasília e queria voltar para o Rio de Janeiro.