Na abertura da Europalia, diante do rei e da rainha Paola, foi a vez do primeiro-ministro belga, Yves Leterme, valorizar o momento econômico vivido pelo país nos últimos anos: “Devemos respeito ao Brasil pela maneira como se saiu na crise. Isso ocorreu porque o país tem boa governança, diferentemente do que tinha no passado.”
Nos vários discursos da Europalia, o Brasil foi festejado pelos fortes laços com a Europa, não só porque muitos europeus migraram para a América do Sul, mas também porque hoje as nações europeias são marcadas pelo multiculturalismo, com pessoas de origens étnicas diferentes. O Brasil contribuiu para a organização do festival com 30 milhões de euros, obtidos de empresas beneficiadas pela Lei de Incentivo à Cultura.
À tarde, no encerramento do encontro empresarial, numa ala do Palácio d’Egmont, sede do Ministério das Relações Exteriores da Bélgica, Rompuy fez um discurso em contraponto às palavras de Dilma. “A redução do crescimento econômico não é resultado apenas do esforço para o equilíbrio fiscal, mas também do aumento da inflação e da redução da confiança dos consumidores”, explicou.
O presidente do Conselho Europeu fez, em seguida, dois alertas: “Aumentar o déficit fiscal não é uma resposta à crise”, para depois emendar que “o aumento do protecionismo é uma receita para a o fracasso”. Recentemente, o Brasil aumentou a carga tributária sobre carros provenientes de outros países, inclusive da Europa, para conter o crescimento da importação desses produtos.
Na terra do pai
A presidente Dilma desembarcou nessa terça-feira à noite em Sófia, capital da Bulgária. É a sua primeira viagem ao país, terra natal de seu pai, Petar, que, ao emigrar para o Brasil, tornou-se conhecido como Pedro. Dilma terá compromissos oficiais em outras duas cidades: Veliko Turnovo e Gabrovo. A presidente ficará na Bulgária até amanhã.