O movimento ganhou força depois da absolvição da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF). Na votação secreta, 265 parlamentares votaram pela absolvição da colega e somente 166 por sua cassação. Jaqueline foi flagrada em vídeo recebendo um pacote de dinheiro do delator do DEM, Durval Barbosa. Sua defesa evitou discutir o mérito e focou a argumentação no fato de que a gravação foi realizada em 2006, quando ela ainda não era deputada.
O coordenador da frente, deputado Ivan Valente (PSOL-SP), aposta na pressão popular para conseguir que a Câmara acabe com o voto secreto. Ele observou que a absolvição de Jaqueline provocou indignação popular e tem ajudado a convencer os colegas. "A coleta de assinaturas para a frente foi facilitada porque o desgaste da Câmara é muito alto", afirmou.
Valente destaca que a votação da PEC é aberta e, portanto, não haveria como se repetir o resultado da absolvição da Jaqueline, quando apenas um deputado a defendeu publicamente e 265 votaram a seu favor. Ele cobra que o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), paute a proposta. Maia assinou a lista de apoio à frente parlamentar, mas ainda não há data para a votação da proposta.