(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Senado paga spa a servidor


postado em 28/08/2011 08:58

Brasília – Spa, silicone, lipoescultura de abdômen e botox. A direção do Senado apertou o cinto contra abusos existentes no plano de saúde da Casa, o Sistema Integrado de Saúde (SIS), e ganhou a inimizade de muitos servidores. Na gestão linha-dura da diretora-geral, Doris Marize, as reuniões do conselho do SIS se transformaram em um festival de negativas a funcionários acostumados a pedir ressarcimento por aplicação de botox, implantes de silicone e cirurgias plásticas.

Mesmo assim, há servidores que solicitam o reembolso e ainda recorrem quando a mordomia é negada. É o caso de um funcionário acima do peso que ganhou o direito de ficar mais tempo em um spa de luxo pago pelo Senado para lutar contra a balança. Ele está em tratamento para perder peso desde o ano passado em um spa de Sorocaba, em São Paulo. Em dezembro, pediu que a Casa renovasse a permissão para a despesa e o Senado concedeu mais seis meses de tratamento. O tempo passou, o servidor perdeu sete quilos e voltou a requisitar autorização para uma nova temporada a fim de reduzir o peso. Em 22 de julho, o conselho do SIS se reuniu e decidiu conceder mais tempo de tratamento ao servidor, mas rejeitou o pedido do funcionário de pagamento integral de suas despesas no spa. Atualmente, o Senado paga 70% da conta.

Apesar de o plano de saúde do Senado oferecer acesso a clínicas para emagrecimento pré-operatório para cirurgias de redução do estômago, o caso do servidor não é visto com bons olhos por quem administra as contas da Casa. Em processo de perda de peso considerado “refratário”, o servidor em questão se hospeda ocasionalmente no spa de São Paulo – apesar de a Casa ter clínicas conveniadas em Brasília – e não tem acompanhamento dos gestores do plano de saúde na capital federal, nem passa por perícia do Senado. Este ano, ele foi duas vezes para o spa de Sorocaba, gerando gastos de R$ 35 mil. Do fim de 2009 até hoje, outros dois servidores incluíram despesas semelhantes nas contas do plano de saúde.

O Senado tem contrato de R$ 80 mil com uma clínica de cirurgia plástica, mas a assessoria da Casa explica que o plano só aceita a modalidade “reparadora”. Em outubro, no entanto, uma servidora pediu ressarcimento por plástica feita no abdômen, alegando que o procedimento era necessário, pois havia realizado uma gastroplastia, também chamada de cirurgia bariátrica. Mas a funcionária não se submeteu a perícia para comprovar que o procedimento era reparador, e não estético. Em dezembro, três servidoras solicitaram ressarcimento de despesas depois da aplicação do botox. A Casa, no entanto, rejeitou o pedido

O diretor do SIS, Adalberto José Carneiro Filho, afirma que o tratamento em spa é uma opção para “caso de obesidade mórbida”, e atualmente apenas um servidor utiliza o benefício.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)