Apesar de o plano de saúde do Senado oferecer acesso a clínicas para emagrecimento pré-operatório para cirurgias de redução do estômago, o caso do servidor não é visto com bons olhos por quem administra as contas da Casa. Em processo de perda de peso considerado “refratário”, o servidor em questão se hospeda ocasionalmente no spa de São Paulo – apesar de a Casa ter clínicas conveniadas em Brasília – e não tem acompanhamento dos gestores do plano de saúde na capital federal, nem passa por perícia do Senado. Este ano, ele foi duas vezes para o spa de Sorocaba, gerando gastos de R$ 35 mil. Do fim de 2009 até hoje, outros dois servidores incluíram despesas semelhantes nas contas do plano de saúde.
O Senado tem contrato de R$ 80 mil com uma clínica de cirurgia plástica, mas a assessoria da Casa explica que o plano só aceita a modalidade “reparadora”. Em outubro, no entanto, uma servidora pediu ressarcimento por plástica feita no abdômen, alegando que o procedimento era necessário, pois havia realizado uma gastroplastia, também chamada de cirurgia bariátrica. Mas a funcionária não se submeteu a perícia para comprovar que o procedimento era reparador, e não estético. Em dezembro, três servidoras solicitaram ressarcimento de despesas depois da aplicação do botox. A Casa, no entanto, rejeitou o pedido
O diretor do SIS, Adalberto José Carneiro Filho, afirma que o tratamento em spa é uma opção para “caso de obesidade mórbida”, e atualmente apenas um servidor utiliza o benefício.