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Estado de Minas

Jantar com Dilma não acalma o PMDB

Confraternização entre Dilma Rousseff e o partido foi insuficiente para acalmar a ala dos insatisfeitos que promete pressionar pela votação da Emenda 29, para alegria da oposição


postado em 25/08/2011 06:00 / atualizado em 25/08/2011 08:05

Dezenas de manifestantes lotaram nessa quarta-feira a entrada do Congresso Nacional para pressionar pela rápida apreciação da proposta no plenário(foto: Wilson Dias/ABR)
Dezenas de manifestantes lotaram nessa quarta-feira a entrada do Congresso Nacional para pressionar pela rápida apreciação da proposta no plenário (foto: Wilson Dias/ABR)
 
O dia seguinte ao jantar de confraternização da presidente Dilma Rousseff com o PMDB no Palácio do Jaburu foi marcado por protestos peemedebistas contra o domínio petista na pauta de votações da Câmara. Um grupo de pelo menos 35 deputados anunciou que vai obstruir a pauta como forma de pressionar o governo a votar a Emenda 29. Na manhã dessa quarta-feira, o deputado Saraiva Felipe (PMDB-MG) comandou protesto de gestores da saúde na chapelaria da Câmara e integrantes do PSDB e do DEM manifestaram a intenção de endossar o apoio à votação da emenda, que destina mais recursos para a saúde.


No jantar na residência oficial do vice-presidente, Dilma discursou tecendo elogios a Michel Temer. Ela frisou que “precisa da bancada” e que o PMDB é governo, e não segundo escalão. Parlamentares da Câmara, no entanto, reclamam de falta da participação e que os aliados são convocados apenas quando o Planalto precisa fazer número em votações importantes.
Entre os “rebeldes” que ameaçam obstruir a pauta até a votação da Emenda 29, alguns reclamam que somente durante a crise política Temer foi acionado para tomar as rédeas da articulação no Congresso. Como resposta, uma corrente de 18 parlamentares do partido na Câmara decidiu abraçar as chamadas “grandes bandeiras”, como o aumento dos recursos para a saúde, a redistribuição dos royalties do pré-sal, a lei antidrogas e a política econômica, para atuar como maior bancada do Congresso.


O alvo das preocupações peemedebistas é a disputa de 2012. O discurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmando que o projeto de poder do PT é de 20 anos não foi bem absorvido pelo PMDB. Os peemedebistas temem que o domínio do PT na Esplanada dos Ministérios possa dar vantagem ao aliado nas eleições municipais do próximo ano.


Obstrução


No bojo da pressão pela aprovação da Emenda 29, a ala do partido mais ligada à saúde — liderada pelo deputado e ex-ministro Saraiva Felipe (PMDB-MG), e pelos colegas de Câmara Osmar Terra (PMDB-RS) e Darcísio Perondi (PMDB-RS) — ganhou a companhia de peemedebistas descontentes que aproveitam o movimento para reivindicar mais espaço na estrutura de cargos do governo. A ala “crítica” do PMDB anunciou que só se comprometerá a votar o projeto que cria o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e, depois, entrará em obstrução.


Osmar Terra pontua que o governo adia a votação da Emenda 29 por temer alterações no texto quando a tramitação estiver no Senado. De acordo com o parlamentar, nos moldes atuais, o impacto para a União seria de R$ 1 bilhão anual sem investimento na saúde. Os estados que não aplicam 12% na área teriam que incrementar os gastos em R$ 4 bilhões. A ala do PMDB que se uniu para a votação da Emenda 29 estipulou uma data para que o presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS), marque a apreciação da proposta. Os peemedebistas defendem a análise da emenda em plenário ainda na primeiro quinzena de setembro. “Os deputados querem votar, o governo é que não quer deixar. Mas o presidente Marco Maia e as lideranças vão ter coragem e 15 de setembro é a data”, diz Osmar Terra.

 

Enquanto isso...

Paz reina no PP

 

O ministro das Cidades, Mário Negromonte, foi despertado nessa terça-feira por um telefonema do Planalto. Com o aval da presidente Dilma Rousseff, o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, avisou a Negromonte  que ele “se virasse para pacificar a bancada do PP na Câmara”. O recado foi dado após a cúpula do governo ler uma entrevista do ministro em que ele acusou deputados e até o ex-titular da pasta Márcio Fortes de querer derrubá-lo e afirmou que muitos parlamentares têm “folha corrida”. Para não perder o emprego, o ministro procurou deputados e senadores para tentar apaziguar os ânimos. Obteve êxito por uma razão pragmática: o temor de que a divisão transforme o PP em um novo PR. 

 

Cunhada posa nua
A cunhada do vice-presidente da República, Michel Temer, será a capa da edição de outubro da revista Playboy. Fernanda Tedeschi, 25 anos, irmã de Marcela Temer, fará um ensaio com o tema poder e luxúria. Fernanda mora em Paulínia (SP), estuda direito, foi comissária de bordo da TAM e tentou, sem sucesso, trabalhar no programa televisivo Caldeirão do Huck. Ainda de acordo com a publicação, a primeira opção da revista masculina era Marcela Temer, mas, como a vice-primeira-dama não poderia ilustrar as páginas da revista por motivos políticos, a irmã recebeu o convite.


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