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Estado de Minas

PP aposta em declínio da crise a longo prazo


postado em 20/08/2011 06:00

O Partido Progressista (PP) não se incomoda com a crise que aflige o governo federal, do qual é aliado. Foi o que garantiu o presidente nacional da legenda, o senador Francisco Dornelles (PP-RJ), no 4° Congresso Nacional do Partido, realizado em Belo Horizonte. "Se analisar a história do país nunca uma crise política prosperou em um cenário de crescimento econômico". A faxina nos ministérios encampada pela presidente Dilma Rousseff já derrubou três ministros de legendas da base aliada, o que tem provocado atritos entre os partidos de sustentação do governo. Caíram um do Partido Republicano (PR), Alfredo Nascimento nos Transportes;, um do PMDB, Wagner Rossi, da Agricultura, e um do PT, Antonio Palocci na Casa Civil. Nelson Jobim (PMDB) também saiu, alvejado por ter feito críticas ao governo.

"O PP apoia integralmente todas as ações da presidente para corrigir a administração", afirmou Dornelles. O partido tem um ministério, o das Cidades, nas mãos de Mário Negromonte, que não foi à convenção. Além dos afagos aos atos da presidente, os progressistas não pouparam elogios aos tucanos mineiros. De acordo com o vice-governador, Alberto Pinto Coelho (PP), a legenda tende a acompanhar os tucanos na escolha que fizerem para a prefeitura de Belo Horizonte no próximo ano. "Participamos da primeira eleição de Marcio Lacerda (PSB) e o partido tem o princípio de trabalho conjugado com o projeto maior de Minas Gerais, que é estar ao lado do PSDB", entende o vice-governador.

Para as eleições de 2014 a tendência, segundo Pinto Coelho, é apoiar o senador Aécio Neves. "A expectativa e perspectiva é que tenhamos o senador Aécio Neves (PSDB) candidato à Presidência da República. Temos essa sintonia fina e vamos procurar conduzir o partido para apoiar a candidatura de Aécio Neves". A convenção contou com a presença do governador Antonio Anastasia (PSDB) e do prefeito Marcio Lacerda. Aécio não compareceu.

RENEGOCIAÇÃO
O PP quer liderar a discussão no congresso sobre a renegociação das dívidas dos estados com a união. A negociação, realizada em 1997, considerou as condições de mercado da época, quando as taxas de juros levavam em conta à expectativa de inflação crescente. Com isso, o indexador adotado para a correção da dívida foi o Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna (IGP-DI), fortemente influenciado pelas commodities

Entre 1998 e o final do ano passado a dívida de todos os estados cresceu de R$ 93,24 bilhões para R$ 350,11 bilhões, uma taxa de crescimento de 275,5%. Enquanto isso, o pagamento dos estados somou R$ 135,21 bilhões. Em Minas Gerais a dívida cresceu de R$ 14,8 bilhões para R$ 54,8 bilhões no período, um crescimento de 269,3%. Nesse intervalo o estado pagou R$ 18,1 bilhões, bem mais do que o valor inicial da dívida. De acordo com o secretário de Estado da Fazenda, Leonardo Colombini, o estado gastou no ano passado 13% da Receita Líquida Real (RLR) com o pagamento da dívida. Neste ano, o estado pagará uma média de R$ 373 milhões, R$ 4,4 bilhões em todo o ano. A previsão é que em 2028 o pagamento comprometa 28% da RLR, o que é inviável, na análise do secretário. A proposta de Minas ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) é que o indexador das dívidas seja limitado ao custo da dívida da união, tendo como base a Selic.


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