A Polícia Federal vai investigar indícios de fraude em um contrato de R$ 9,1 milhões entre o Ministério da Agricultura e a Fundação São Paulo (Fundasp), mantenedora da Pontifícia Universidade Católica (PUC) no Estado. Assinado em agosto de 2010, com intermediação do lobista Júlio Fróes, o contrato teria sido firmado com o uso indevido do nome e do timbre da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que pediu a investigação do caso e a punição dos responsáveis, segundo denúncia publicada hoje no jornal Folha de S. Paulo.
Ainda segundo a PF, a direção da Fundasp será intimada a depor na próxima semana, além dos demais envolvidos. No requerimento protocolado hoje, a FGV alega que os fraudadores do contrato teriam falsificado a assinatura do professor Antônio Dal Fabbro, que coordena o setor de aprimoramento de executivos. Por meio de nota, a Fundasp se dispôs a devolver imediatamente o dinheiro já recebido e anular o contrato, caso fique comprovada a fraude.
A entidade informa que criou comissão de investigação interna para apurar responsabilidades, com acompanhamento de auditoria externa. Reitera ainda sua intenção de colaborar com as autoridades, disponibilizando documentos, pois, segundo informa, "é a maior interessada na apuração dos fatos para esclarecimento da verdade".