Orsi protocolou nessa segunda-feira representação no Gaeco - braço da promotoria que rastreia corrupção na administração pública - para abertura de procedimento sobre “atentado contra os princípios da moralidade, impessoalidade e legalidade”.
O vereador pesquisou publicação de 11 de dezembro no Diário Oficial do município na qual a prefeitura, por meio da Secretaria de Serviços Públicos, contratou a Normandie para prestar serviços de “instalação e remoção de iluminação natalina em prédios públicos e históricos, com fornecimento de material”, ao preço de R$ 500 mil. Outro procedimento, da Coordenadoria de Comunicação, garantiu a contratação da mesma empresa para a “confecção de peças artesanais natalinas”, pelo valor de R$ 250 mil, segundo publicação de 21 de dezembro.
Já em 2011, em fevereiro, a Normandie foi contratada pela Serviços Técnicos Gerais (Setec) para a prestação de serviços de montagem e desmontagem de 56 tendas e placas metálicas para serem utilizadas pelos permissionários no carnaval promovido pela prefeitura.
O vereador destaca que a Normandie foi contratada por três órgãos distintos da administração - Secretaria de Serviços Públicos, Coordenadoria de Comunicação e Setec -, “porém todos com a finalidade de prestação de serviços em eventos relacionados com a Coordenadoria de Comunicação, sob o comando de Lagos”.
Na ocasião em que a empresa do genro foi contratada, Lagos exercia o cargo de secretário municipal de Comunicação - ele foi titular da pasta de janeiro de 2005 a maio de 2011. Segundo Orsi o dono da Normandie, Hugney Ferreira, “já foi funcionário da prefeitura, subordinado a Lagos na Coordenadoria de Comunicação”. Ferreira ocupou cargo em comissão de assessor especial na secretaria.
O advogado Hugo Leonardo, que defende Lagos, não se manifestou sobre a nova acusação contra o ex-secretário de Comunicação. Orientado por seu advogado, Lagos também não se pronunciou.