O relatório ainda precisa ser submetido à análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e ao plenário. Para garantir a aprovação do texto e o avanço da matéria, Ferraço cedeu à pressão dos demais senadores quanto ao valor das gratificações. Ele alterou o relatório, que já havia sido lido, para permitir que 314 servidores com funções de chefias de serviço mantenham gratificações de R$ 2,9 mil sobre seus vencimentos. Na versão inicial, esse valor seria de R$ 1,7 mil. Essa mudança acarretará impacto de R$ 4 milhões por ano, diminuindo a economia inicial estimada pela reforma de R$ 120 milhões anuais.
"Numa Casa política, você tem que ceder para avançar. Continuar tudo como está não é um caminho adequado", alegou Ferraço. O peemedebista acrescentou que a decisão do Senado de respeitar o teto salarial do funcionalismo público de R$ 26,7 mil entre os seus servidores, anunciada quarta-feira (ontem) pela Mesa Diretora, vai compensar parte do impacto com o aumento nas funções dos chefes de serviços.
O relatório de Ferraço diminui os poderes do presidente da Casa ao retirar dele a prerrogativa de indicar sozinho o novo diretor-geral, cujo nome será submetido ao plenário. O documento também reduz em 48% o número de funções comissionadas e em 18% os cargos de livre nomeação.