Para Moisés, o PV mostra uma enorme rigidez ao ser incapaz de absorver uma nova liderança com o perfil de Marina: “Jovem, mulher, de uma região menos desenvolvida do país”. “Ela tem uma série de características que poderia agregar voto ao partido, mas eles não foram capazes de negociar para mantê-la.”
O cientista político Leonardo Barreto foi mais duro ao criticar a legenda. Segundo ele, o PV é uma ficção política, pois não tem um padrão de correligionários. “Isso fica evidente quando vemos que, de um lado, o partido tem um político liberal, como o Fernando Gabeira e, de outro, um conservador, de uma família oligárquica, como o Zequinha Sarney.”
Na opinião de Geraldo Tadeu Monteiro, presidente do Instituto Brasileiro de Pesquisa Social (IBPS), criar um novo partido seria a opção mais correta neste momento para o grupo de Marina, mas também a mais difícil. “Eles vão ter que fazer um longo trabalho de mobilização, coletar assinaturas, constituir diretórios estaduais e municipais...”, observa.