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Estado de Minas

Presidente da Câmara de BH é alvo de investigação

MP vai apurar se Léo Burguês (PSDB) usou a estrutura e servidores da Casa para um evento particular promovido por seu partido


postado em 16/06/2011 06:00 / atualizado em 16/06/2011 07:25

Léo Burguês tentou se justificar dizendo que a reunião não foi para discutir políticas, mas os projetos de BH (foto: Cristina Horta/EM/D.A PRESS)
Léo Burguês tentou se justificar dizendo que a reunião não foi para discutir políticas, mas os projetos de BH (foto: Cristina Horta/EM/D.A PRESS)
O Ministério Público de Minas Gerais instaurou inquérito para investigar o uso da estrutura da Câmara Municipal de Belo Horizonte, que custa cerca de R$ 100 milhões por ano aos contribuintes, para evento partidário do presidente da Casa, Léo Burguês (PSDB). Conforme mostrou o Estado de Minas, em reportagem publicada na terça-feira, o setor de Comunicação da Câmara e funcionários do gabinete do vereador participaram da cobertura do café da manhã promovido na casa do tucano para lançar bloco de 13 partidos opositores da presidente Dilma Rousseff (PT) em Minas. Léo Burguês pode ser denunciado por improbidade administrativa.

No encontro, os aliados do governador Antonio Anastasia (PSDB) anunciaram a formação de uma comissão representante para se reunir com Aécio e empenhar o apoio ao seu nome como futuro candidato a presidente. Além disso, os representantes do PSDB, DEM, PR, PP, PSDC, PTN, PSC, PHS, PRTB, PMN, PPS, PTB e PSD prometeram apoiar uma candidatura à Prefeitura de BH apoiada por Aécio e Anastasia, com ou sem o prefeito Marcio Lacerda (PSB).

Apesar do caráter político-partidário das conversas, o vereador Léo Burguês, depois de ter sido pressionado pelos companheiros em plenário, na terça-feira, disse que o café da manhã não foi para discutir política, mas apenas projetos de BH. Ele ainda observou que não pagou o café com a verba indenizatória e disse que pode ser acompanhado por assessores da Câmara. A assessoria de Comunicação da Casa informou ontem que o departamento tem como uma de suas atribuições “prestar assessoramento ao presidente, à Mesa Diretora e às diretorias, em assuntos relacionados à área”.

De acordo com o Ministério Público, a estrutura de comunicação da Câmara só pode ser usada para as atividades do parlamento. Se for comprovado que o vereador Léo Burguês usou a estrutura pública para fins particulares, ele será denunciado por improbidade administrativa e pode até perder o cargo no Legislativo Municipal.


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