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Estado de Minas

José Dirceu rebate acusações de tráfico de influência e oposição quer depoimento de empresário


postado em 09/05/2011 15:15 / atualizado em 09/05/2011 17:16

 

O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, rebateu as acusações de que teria praticado tráfico de influência no Planalto, publicadas pela revista Veja na edição desta semana. Em seu blog, Dirceu disse que a revista ''inventou e manipulou'' informações para agredí-lo. A revista publicou reportagem em que dois empresários acusam o petista de tráfico de influência. José Augusto Quintella Freire e Romênio Marcelino Machado afirmam que Dirceu foi contratado para aproximar o presidente do Conselho de Administração da construtora Delta, Fernando Cavendish, à ''pessoas influentes do PT''. Dirceu afirmou que vai entrar na Justiça contra os dois empresários.

Freire e Quintanilha são ex-sócios de Cavendish e atualmente estão envolvidos em uma briga judicial por conta da compra da Sigma Engenharia, empresa do qual eles eram donos, pela Delta. Os dois empresários afirmam que o presidente do Conselho de Administração da Delta não pagou o valor combinado pelo negócio. Em seu blog, Dirceu diz que a matéria foi fundada em acusações de empresários em litígio e diz que prestou um serviço profissional como consultor. ''Meu contrato com a Delta, de R$ 20 mil, durou quatro meses e foi como os demais do mercado, firmados por qualquer consultoria com seus clientes''.

Ainda segundo os empresários, o suposto tráfico de influência praticado por Dirceu teria sido responsável pelo bom desempenho financeiro da Delta, que dobrou seu faturamento junto ao governo federal em 2009, ano em que contratou Dirceu para assessorá-la. Para o petista, o crescimento da empresa se deve à expansão dos investimentos públicos e privados no país. ''É pura má fé atribuir a alta no faturamento da Delta ao meu trabalho de quatro meses, quando o setor em que ela atua se expandiu muito nos últimos anos devido ao crescimento dos investimentos públicos e privados no país'', afirmou.

Oposição

A oposição não demorou a reagir às acusações. PSDB, DEM e PPS querem convidar o empresário Fernando Cavendish para depor no Senado. Segundo a matéria da revista Veja, o empresário teria dito que "com alguns milhões, seria possível até comprar um senador para conseguir um bom contrato com o governo". "Acho que caberia até uma interpelação judicial do próprio Senado. Ele colocou todo o Senado sob suspeição, quando não diz o nome de ninguém", afirmou Álvaro Dias (PSDB-PR).

Nesta segunda-feira, o senador afirmou que a oposição pretende apresentar requerimento na CCJ para que os empresários acusadores sejam ouvidos e entrar com representação no Ministério Público para que as denúncias sejam apuradas.

O problema é que a oposição não conta com maioria no Senado, por isso dificilmente conseguiria aprovar alguma medida a partir do voto dos senadores. "O DEM, o PSDB e o PPS vão analisar se há possibilidade de tomar alguma medida. O governo matou as CPI's e as comissões estão com ampla maioria governista", disse o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), líder do DEM no Senado.


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