Câmara vai discutir taxa de conforto cobrada por companhias aéreas

A Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados irá discutir, nesta quarta-feira, a cobrança de uma taxa extra no preço das passagens aéreas para o uso de ''assentos conforto''. Recentemente, a taxa começou a ser cobrada por várias companhias aéreas para passageiros que desejam viajar em assentos mais espaçosos. A Azul, por exemplo, oferece assentos com 86 centímetros de distância entre as poltronas ou assentos preferenciais, na saída de emergência e na fileira da frente da aeronave, para clientes que estejam dispostos a pagar uma valor a partir de R$ 20. Na TAM, esses lugares são chamados de ''assento conforto'' e custam R$ 20 em voos nacionais. Nos vôos internacionais, o valor varia de US$ 30 a US$ 70 - quase R$ 120. Em São Paulo, o Procon já notificou a TAM pela cobrança, depois de receber reclamaçõies de diversos passageiros. De acordo com o deputado Dimas Ramalho (PPS-SP), que propôs a audiência pública, o problema é que a taxa se refere a serviços que antes eram considerados básicos. ''Os chamados 'assentos-conforto' nada mais são que poltronas distantes de 80 a 90cm entre si, o que já foi padrão nos aviões na década de 1980'', afirma o deputado. Foram convidados para a audiência representantes da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), os presidentes da TAM, Gol e Azul, entre outros.