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Estado de Minas

PP descarta sanção a radical

Líder do governo na Câmara defende que o partido puna o deputado Bolsonaro por fazer comentários ofensivos a negros e a homossexuais e chama o parlamentar de "estúpido"


postado em 01/04/2011 08:37

Deputados e entidades pressionam, mas o PP não pretende aplicar qualquer sanção ao deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), que classificou como promiscuidade o possível relacionamento de um filho com uma negra. Ontem, o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP) disse que o pepista é um deputado "estúpido" e pediu que o partido o punisse. Como tem imunidade parlamentar, o petista entende que é remota a possibilidade de o deputado ser condenado no Conselho de Ética.

Depois de tentar contornar a polêmica — dizendo que não havia entendido a pergunta feita pela cantora e apresentadora Preta Gil no programa CQC — e de atacar homossexuais, Bolsonaro decidiu diminuir o tom das declarações. Mesmo assim, continuou sendo alvejado por companheiros de parlamento. "Bolsonaro tem se caracterizado como um deputado estúpido, mas foi eleito com essa estupidez. Temos de cobrar do partido uma reação, porque a discussão sobre os limites da imunidade parlamentar é muito ampla", pediu Vaccarezza.

Expressão

O deputado pepista, que já respondeu a 20 representações ou processos por quebra de coro, reclama de perseguição. "Se fosse eu chamando o líder do governo de estúpido, seria quebra de decoro. Como é ele me xingando, configura liberdade de expressão", ironiza Bolsonaro. Até o momento, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), já recebeu cinco pedidos de investigação contra o deputado por conta da declaração racista. Um deles é subscrito por 19 parlamentares.

Diante da pressão para punir Bolsonaro, ao menos com a exclusão da Comissão de Direitos Humanos, o líder do partido na Câmara, Nelson Meurer (PP-SC), preferiu sair em defesa do correligionário. O deputado garantiu: nem ele nem o partido vão adotar qualquer punição. Ele disse acreditar na versão apresentada pelo parlamentar, de que houve mal-entendido na pergunta. "Não concordo nem com a pergunta maliciosa da Preta Gil nem com a resposta radical que, por engano, o Jair Bolsonaro deu. Mas esse é um problema dele, e o partido não vê qualquer motivo para retirá-lo da Comissão", disse Meurer.

Hackers invadem site

O site oficial da cantora Preta Gil foi tirado do ar na tarde dessa quinta-feira por um grupo de hackers autodenominado Command Tribulation. Internautas conseguiram capturar a mensagem que foi deixada na página principal antes que o site fosse totalmente derrubado: “Site hackeado. Abaixo a lei da homofobia. Abaixo a PL 122”. O Projeto de Lei 122 está tramitando no Congresso Nacional e tem como objetivo criminalizar a homofobia.

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