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Estado de Minas

Prefeitos eleitos participam de curso em Araxá


postado em 29/11/2008 11:33 / atualizado em 08/01/2010 04:00

Agência CNM/Divulgação
Chefes do Executivo municipal tiveram informações sobre a situação de cada uma das cidades que vão governar
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Vencido o principal desafio e ainda em fase de comemoração, cerca de 300 prefeitos eleitos de Minas Gerais tiveram nos dois últimos dias um choque de realidade. A avaliação é do presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, que ofereceu aos novos gestores um curso no qual foi ensinado o bê-á-bá da administração municipal. Reunidos em Araxá, no Triângulo Mineiro, iniciantes e veteranos receberam farto material, incluindo um diagnóstico da situação de suas cidades, e discutiram as competências que lhes serão atribuídas a partir de janeiro de 2009. A crise econômica já é uma preocupação constante.

O curso está sendo oferecido pela CNM em vários estados com o objetivo de capacitar tecnicamente os prefeitos eleitos, que receberam informações sobre as principais áreas de atuação, como saúde, educação, tributária, desenvolvimento urbano e a Lei de Responsabilidade Fiscal. Além das palestras, os novos prefeitos receberam livros sobre cada tema e dados específicos sobre a situação de cada município. “Todo o curso foi baseado no que os prefeitos precisam saber para ter uma boa prática na administração, falamos de cada área e de onde e como eles podem gastar melhor. Muitos saíram preocupados, porque viram que a coisa não é fácil”, afirmou Ziulkoski.

Em Minas Gerais, segundo o presidente da CNM, uma das maiores preocupações está na área da previdência dos servidores municipais. Dos 853 municípios, somente cerca de 250 têm regime próprio para os efetivos, o que, segundo ele, gera prejuízo. “Mostrei a eles que quem está no regime próprio gasta 11% com a patronal sobre a folha de funcionários e no regime geral são 22%. Então, se eles migrarem para o regime próprio economizarão. Em uma folha de R$ 500 mil, por exemplo, será uma economia de R$ 60 mil ao mês”, afirmou Ziulkoski.

Crise mundial

O temor dos prefeitos eleitos, no entanto, é a crise financeira mundial, que deve gerar perda de arrecadação no ano que vem. É o caso do prefeito eleito de Tupaciguara, no Triângulo Mineiro, Alexandre Berquó Dias (PRB), que já governou a cidade entre 2001 e 2004. “Essa crise que está vindo é o que mais nos preocupa por causa da arrecadação. Além disso, a cidade é pequena e, se a crise vier a gerar desemprego, o problema também deságua no município”, disse. A receita aprendida, segundo ele, é a necessidade de administrar como se a cidade fosse uma empresa. “Temos que servir bem as pessoas, mas de olho nos parâmetros da questão gerencial.”

Depois de vencer sua primeira eleição, o futuro prefeito de Fortuna de Minas, na Região Central, João Evangelista Abreu Pontes (PSL), também se prepara para os efeitos da crise e fala em diminuir a máquina. “O grande problema é chegar com uma perspectiva de redução da receita. Vamos ter que enxugar a casa, cortar gastos e fazer uma administração mais enxuta, mas com eficácia.” Mais experiente, o prefeito reeleito de Capim Branco, Região Central, Remacro Souza Canto (PR), espera um mandato com muito trabalho, mas disse sair com vantagem por já ter “organizado a casa” nos últimos quatro anos. “Com certeza vamos ter recursos mais escassos e os municípios terão que estar bem preparados. Temos que procurar fazer uma administração austera”, disse.

Também na Região Central, o prefeito reeleito de Araçaí, Daniel Valadares Cunha (PSDB), disse que o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal é uma preocupação. Segundo ele, é preciso ter atenção com a controladoria do município para não incorrer em erros. “O controle interno é muito importante.” Suas prioridades serão ações nas áreas de saúde e educação.


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