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Estado de Minas

Aumenta divergência entre petistas em Minas


postado em 28/11/2008 07:58 / atualizado em 08/01/2010 04:00

A guerra foi declarada dentro da Articulação, tendência majoritária do PT do campo Construindo um Novo Brasil, que reúne os dois principais nomes do partido para disputar o Palácio da Liberdade em 2010, o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, e o prefeito Fernando Pimentel. Depois de ser expulso da ala, o presidente estadual do PT, deputado federal Reginaldo Lopes anunciou quinta-feira a criação de mais um grupo interno: a Articulação Democrática. Segundo ele, uma resposta à “deselegância” e à falta de espaço para o contraditório no segmento.

Será o segundo movimento criado após o racha que se estabeleceu no partido desde as eleições municipais, quando o PT mineiro se dividiu entre o grupo de Pimentel, que apoiou a aliança com o PSDB pela candidatura do prefeito eleito Márcio Lacerda (PSB), e o grupo ligado a Patrus e ao ministro Luiz Dulci (Secretaria-geral da Presidência da Repúlbica), que foi contrário à tese e acabou apoiando, abertamente ou nos bastidores, candidaturas adversárias. No último mês, os dissidentes lançaram o Coerência Petista, que defende o nome de Patrus para o governo.

Embora não tenha sido posta com esse objetivo, a Articulação Democrática, que terá chapa própria na sucessão da presidência estadual petista, tende a fortalecer uma eventual candidatura de Pimentel ao governo de Minas. O prefeito ganha outro reforço com o lançamento, em 13 de dezembro, do Movimento PT para Todos, que também é iniciativa do grupo ligado a Pimentel.

Divergências

As divergências internas ficaram evidentes na Articulação com a realização de dois encontros estaduais sem convidar Reginaldo Lopes e Pimentel. Como se não bastasse, integrantes da tendência no estado os expulsaram do grupo, o que não foi aceito pelo presidente do PT, para quem não há um dono na Articulação para poder retirá-lo. “Sou obrigado a construir um novo caminho na Articulação, que, tenho certeza, num futuro breve, vamos nos reencontrar”, afirmou.

O dirigente negou que a criação do grupo seja um contraponto ao Coerência Petista, mas não poupou críticas ao segmento recém-criado. “Ele (o grupo) nasce por não ter praticado um princípio importante do PT, que é a unidade de ação, principalmente ao declarar apoio no segundo turno para Leonardo Quintão (candidato derrotado do PMDB).” Segundo Lopes, a Articulação Democrática será sua resposta à “deselegância de alguns e ao silêncio de outros” no episódio em que não foi convidado para o encontro da Articulação junto com Pimentel. O terceiro motivo, segundo ele, é a falta de espaço para o contraditório que teria se estabelecido dentro da tendência.


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