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Estado de Minas

FHC diz que crise favorece Aécio

Ex-presidente diz que ainda é cedo para definir candidato tucano para disputar sucessão, mas adianta que o governador de Minas demonstra grande capacidade administrativa


22/11/2008 07:31 - atualizado 08/01/2010 04:02

Tudo vai depender de como cada um se posiciona politicamente diante da crise. Pode ser o Serra, pode ser o Aécio, que faz um grande governo em Minas e pode sair desta crise como o melhor nome do partido
Tudo vai depender de como cada um se posiciona politicamente diante da crise. Pode ser o Serra, pode ser o Aécio, que faz um grande governo em Minas e pode sair desta crise como o melhor nome do partido (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press - 13/8/07 )
São Paulo – O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso avalia que ainda é muito cedo para o PSDB definir seu candidato a presidente da República em 2010, diante do impacto da crise econômica mundial no Brasil, e que a opção da legenda dependerá das circunstâncias da eleição.

“Tudo vai depender de como cada um se posiciona politicamente diante da crise. Pode ser o Serra, pode ser o Aécio, que faz um grande governo em Minas e pode sair dessa crise com o melhor nome do partido”, admitiu. Fernando Henrique tem almoço marcado com o governador de Minas para 2 de dezembro, em Belo Horizonte.

O impasse na definição do candidato do PSDB, segundo Fernando Henrique Cardoso, só será resolvido perto da eleição, em função da mudança de cenário político. “O fundamental é o partido chegar unido em 2010, mas não tenho dúvidas de que as circunstâncias é que determinarão o perfil do candidato. Quem parece ser o melhor nome hoje pode não ser amanhã”, avalia.

O ex-presidente da República, que considerava Serra mais experiente para o cargo, reavaliou seu posicionamento: “Aécio demonstrou grande capacidade administrativa no seu governo”, diz.

FHC anunciou o encontro com Aécio para os primeiros dias de dezembro durante gravação de entrevista exclusiva para o programa 3 a 1 da TV Brasil, que vai ao ar na próxima quarta-feira.

Durante a entrevista, ele defendeu o programa de privatizações de seu governo, negou qualquer envolvimento com o banqueiro Daniel Dantas nos leilões das empresas de telefonia e disse que não quis privatizar a Petrobras e o Banco do Brasil porque considera as duas empresas estratégicas. “Privatizar ou estatizar depende das circunstâncias, o importante é garantir a concorrência”, justificou. “O que é me preocupa agora é que está havendo muita concentração”, criticou.

Durante a entrevista, Fernando Henrique criticou os gastos do governo federal, mas negou que aposta no quanto-pior-melhor. “É claro que torço para que as medidas adotadas por Lula dêem resultado positivo para o país. Quem mais sofre com a crise é o povo; quero o melhor para o Brasil”, disse o tucano. Ao comparar a crise atual com a que enfrentou durante o segundo mandato, disse que a situação é muito diferente: “Naquela época, houve crise cambial, agora o problema é a falta de liquidez nos Estados Unidos”.

Muito ligado ao Partido Democrata, Fernando Henrique destacou a importância da eleição de Barack Obama para a presidência dos Estados Unidos, mas disse que o Brasil não deve teve ter ilusões com relação ao tratamento dado ao nosso país pelo futuro governo norte-americano. “Enquanto eles estiverem plantando milho, nós não vamos quebrar as barreiras ao etanol brasileiro. Eles se movem por interesse e nós temos de fazer a mesma coisa.”, disse.

Segundo ele, a eleição de Obama tem significado muito importante, “porque é um negro na presidência da maior potência do planeta”, mas as relações entre o Brasil e os EUA continuarão tendo pontos de aproximação e pontos de afastamento. Simbolicamente, segundo ele, o fechamento da prisão de Guantanamo já sinaliza uma mudança de rumo na política externa , mas Obama vai dar prioridade aos próprios problemas dos EUA.


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