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Estado de Minas

Notas em branco teriam gerado erros


postado em 20/11/2008 07:42 / atualizado em 08/01/2010 04:02

Produtos foram comprados na Mercearia Sapão, no Centro da cidade
Produtos foram comprados na Mercearia Sapão, no Centro da cidade

Depois de trabalhar três anos na mercearia, Fabiana diz que as compras “suspeitas” não são casos isolados na prefeitura. Ela sustenta que a emissão de notas da administração, solicitando cerveja e carne para churrasco, acontecia “às vezes”, mas que se tornou mais intensa durante a campanha eleitoral. “Não eram todas as solicitações de compras da prefeitura que passavam pelas minhas mãos. Mas notas como essas que estou entregando ao Ministério Público já ocorreram outras vezes, isso posso assegurar. Achava estranho, mas vendia mesmo assim”, afirma.

A reportagem do Estado de Minas esteve na Prefeitura de Vargem Alegre, mas o prefeito não foi encontrado para falar sobre o assunto. A informação da chefe-de-gabinete, Cláudia Alves de Azevedo, era de que Neudmar estaria em Belo Horizonte.

Cláudia atribui as denúncias à rivalidade política na cidade. De acordo com ela, a ex-funcionária da mercearia apoiou, durante as eleições, a candidatura de Marcos Rodrigues Costa (PSB), principal adversário do prefeito, que foi reeleito por uma diferença de 522 votos.

Sobre as notas de solicitação de compras da prefeitura, Cláudia alega que o prefeito tinha o costume de deixar requisições assinadas em branco para serem usadas em casos de emergência quando estivesse em viagem. Com relação à primeira nota, referente às compras destinadas à Secretaria de Agricultura, a chefe-de-gabinete diz que foi “falha” da prefeitura, já que a compra foi exigência dos produtores de duas bandas, nacionalmente reconhecidas, que exigiram a mercadoria no camarim.

“O prefeito não estava na cidade e, quando tomou conhecimento disso, mandou cancelar a cobrança no setor financeiro da prefeitura e arcou sozinho com as despesas exigidas pelas bandas”, defende.

Já na segunda nota, destinada ao Peti, Cláudia afirma que a funcionária do setor de compras errou ao pôr o nome do programa como destino da encomenda. A compra, segundo ela, seria para uma festa com os funcionários da administração.

“O prefeito mandou cancelar a nota da prefeitura e pagou com dinheiro do próprio bolso. Na verdade, são dois erros que já estão provocando mudanças na prefeitura”, garante Cláudia. Ainda de acordo com ela, depois do erro, o prefeito parou de assinar notas em branco e decidiu afastar a funcionária do setor de compras que emitiu as solicitações, até que o caso seja investigado.


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