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Estado de Minas

Pimentel ironiza presidente do PT


postado em 20/11/2008 06:35 / atualizado em 08/01/2010 04:02

Márcio Lacerda e Fernando Pimentel se encontraram para discutir a transição na prefeitura da capital(foto: Cristina Horta/EM/D. A Press)
Márcio Lacerda e Fernando Pimentel se encontraram para discutir a transição na prefeitura da capital (foto: Cristina Horta/EM/D. A Press)

O apoio do prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT), e do Diretório Estadual do partido, à candidatura do seu sucessor, Márcio Lacerda (PSB), continua sendo motivo de conflito entre os líderes partidários locais e a direção nacional. Depois de se reunir com Lacerda, ontem à tarde, Pimentel concedeu entrevista coletiva à imprensa na qual ironizou as cobranças feitas pelo presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP). No último fim de semana, Berzoini pediu explicações e justificativas de Pimentel por ter ajudado a eleger o candidato do “adversário”, referindo-se ao PSDB e à candidatura de Lacerda.

“Explicações? Só se for sobre o sucesso da candidatura e a estratégia vitoriosa que levou à eleição do Márcio Lacerda”, ironizou Pimentel. Os dois tiveram reunião de trabalho na qual a atual equipe de governo apresentou o Programa de Excelência de Gestão da prefeitura a Lacerda. “Com este programa, que tem software muito avançado, ele (Lacerda) poderá conhecer em detalhes os 27 principais projetos em andamento”, afirmou Pimentel, numa demonstração pública de que a parceria não foi afetada pelas ameaças do grupo Articulação e do próprio Berzoini.

“Eu respeito, mas não concordo, com as análises feitas por eles”, divergiu Pimentel. O prefeito considera necessário trabalhar alianças políticas e superar a fase de “disputas sectárias do passado”, numa alusão aos grupos radicais que dominam a agremiação.

“Ele (Berzoini) não fez qualquer menção (sobre o episódio) diretamente a mim, mas espero que ainda vá fazê-lo”, afirmou o prefeito. Para ele, esse será o momento para mostrar ao presidente do PT os detalhes da estratégia que conquistou o eleitorado da capital. O bate-boca entre os petistas deu contornos nacionais ao episódio da eleição municipal em Belo Horizonte e demonstra que por trás da divergência está a disputa de poder no PT para definição de quem vai dar as cartas na sucessão presidencial de 2010. Como no ano que vem há eleições internas no PT, a tendência é de que a disputa se intensifique.

Pimentel afirmou que não se sente isolado no partido por causa da reação do grupo de Berzoini, que o excluiu da convenção mineira da Articulação no último fim de semana. Nem Pimentel nem líderes petistas regionais foram convidados para o evento.

O prefeito lembrou que seu sucessor é de um partido (PSB) que integra a base de apoio do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que vem de uma trajetória que qualificou sua candidatura. Lacerda integrou a equipe do governo federal em Brasília como titular da secretaria-executiva do Ministério da Integração Nacional, da qual saiu para concorrer ao cargo de prefeito. “Também temos a ampla maioria do Diretório Estadual e grande parte do municipal”, afirmou Pimentel, para confirmar a tese de que não existe isolamento.


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