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Estado de Minas

Justiça de Santos assume processo contra Marcos Valério


postado em 13/11/2008 17:20 / atualizado em 08/01/2010 04:04


Atendendo a um pedido do Ministério Público Federal, o inquérito da Operação Avalanche que envolve o empresário Marcos Valério e seu advogado, Rogério Lanza Tolentino, passou a ser de competência da Justiça Federal em Santos.

Na decisão, a juíza federal substituta, Paula Montovani Avelino, da 1ª Vara Federal Criminal de São Paulo, afirma que a transferência se deve ao fato de os crimes atribuídos aos envolvidos não terem ocorrido em São Paulo, onde o processo se encontrava, e sim na cidade litorânea.

De acordo com as investigações, Valério foi contratado pela Cervejaria Petrópolis para que providenciasse um inquérito que prejudicasse fiscais que multaram o grupo em R$ 104 milhões. Para isso, ele teria pagado propina a delegados da PF de Santos.

O pagamento da propina foi confirmado pela advogada Eloá Velloso em depoimento à PF. Ela também foi presa durante a Operação Avalanche.

A operação, deflagrada pela PF, cumpriu 17 mandados de prisão (oito preventivas e nove temporárias) e 33 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo.

O grupo foi dividido em três núcleos distintos, mas interligados. Apenas o inquérito relativo ao grupo que envolve Valério foi remetido a Santos.

Grupos

O primeiro grupo, por meio de contatos em órgãos públicos (Polícia Civil e Federal, Receita Federal e Estadual), é suspeito de obter informações privilegiadas sobre determinados empresários que apresentavam problemas junto ao fisco e com base nesses dados, praticariam extorsão, exigindo valores em troca de possível solução.

O segundo grupo atuaria em fraudes fiscais visando praticar importações ilegais por meio de empresas de fachada, contando com a ação de despachantes aduaneiros junto ao Porto de Santos.

O terceiro grupo, de qual Valério faz parte, teria sido identificado no momento em que tentava instaurar o inquérito policial contra os fiscais.

A PF informou que, durante as buscas, foram apreendidos documentação e mídias, além de R$ 500 mil. O grupo deve responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva, extorsão, formação de quadrilha, contrabando e descaminho, quebra de sigilo e divulgação de dados sigilosos.


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