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Estado de Minas

Vereadores prometem abrir as contas para o eleitor


postado em 10/11/2008 06:28 / atualizado em 08/01/2010 04:04

Expectativa é de que o projeto que prevê mais transparência nos gastos dos parlamentares volte novamente à pauta da Câmara(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press -- 7/2/08)
Expectativa é de que o projeto que prevê mais transparência nos gastos dos parlamentares volte novamente à pauta da Câmara (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press -- 7/2/08)

Grave bem o nome dos novos vereadores da capital. Eles assumiram o compromisso de fazer, a partir de 1º de janeiro, um mandato transparente. Isso inclui a prestação de contas financeira e das atividades parlamentares. Mensalmente, os vereadores da capital recebem mais de R$ 50 mil, sendo R$ 9.228 de salário, até R$ 15 mil de verba indenizatória e cerca de R$ 30 mil para a contratação de funcionários para o gabinete. E, ao contrário da Câmara dos Deputados e do Senado, ainda não há uma decisão institucional de divulgar os gastos individuais dos parlamentares e nem a lista de funcionários de cada gabinete.

Durante a semana, o Estado de Minas procurou os novos vereadores eleitos para a próxima legislatura e perguntou se eles abririam a “caixa-preta” dos seus gastos. Dos 17, 15 assumiram o compromisso de que vão abrir as contas, sendo que cinco disseram que já estão estudando os mecanismos e a periodicidade de como tornar públicos os dados do mandato. Dois não foram encontrados: Léo Burguês (PSDB) e Bruno Miranda (PDT).

Dos cinco parlamentares que afirmaram já estar preparando os instrumentos para garantir que a promessa saia do papel, um deles é Adriano Ventura (PT). “Fui eleito com a plataforma da transparência e essa será uma das minhas lutas”, diz. A idéia é fazer divulgação via internet e por um jornal que será distribuído nas comunidades: “Como tivemos votos em todas as regiões e também nas mais variadas classes sociais, precisamos atingir todos”.

Leia também: Vereadores de BH continuam sem votar projetos importantes para a cidade


O ex-deputado federal e futuro vereador Cabo Júlio (PMDB) afirma que vai usar seu site pessoal para prestar contas, mas garante que vai batalhar para que a Câmara Municipal seja mais transparente. “Vim de uma Casa muito transparente, que é a Câmara dos Deputados, e considero obrigação mostrar como o dinheiro público é gasto”, disse Cabo Júlio, que durante o seu mandato de deputado foi acusado de envolvimento com a máfia dos sanguessugas – quadrilha que fraudava emendas do orçamento para compra de ambulâncias.

Grande parte dos vereadores ouvidos pela reportagem considera que a prestação de contas deve ser feita apenas nas comunidades em que foram eleitos. João da Locadora (PT), por exemplo, representante de Venda Nova, disse que vai mostrar os gastos de seis em seis meses na região. Edinho do Açougue (PTdoB) também pretende seguir a mesma periodicidade do colega. “Queremos trazer o povo para junto do nosso mandato”. Paulinho Motorista (PSL), líder comunitário do Aglomerado da Serra, também. “Pensei em fazer alguma coisa como a igreja faz. Reunir todo mundo e mostrar como é que o dinheiro está sendo gasto”, diz, avisando que ainda não decidiu a periodicidade. De três em três meses, Gunda (PSL) pretende mostrar a seus eleitores do Barreiro o que vem fazendo com o dinheiro público: “Prestar contas para a comunidade é um compromisso meu”.

Outros parlamentares, apesar de assumir o compromisso com a transparência, não deram pistas de como vão fazer para mostrar as cifras para os eleitores. Pricila Teixeira (PTB), por exemplo, respondeu que ainda não tinha pensado sobre o assunto. Entretanto, não vê problemas em divulgar as despesas do gabinete. Leonardo Mattos (PV) não considera a prestação de contas financeira tão importante. “Vamos mostrar as ações do mandato”, disse, reforçando que a instituição deve ter uma postura transparente.


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