“O maior desafio do novo prefeito é concluir as obras antigas e que estão demorando muito para serem feitas. E é esse o maior interesse da nossa comunidade”, disse uma das diretoras da Associação Comunitária do Cabana Cleuza Pereira dos Santos. Segundo integrantes da Comissão de Acompanhamento e Fiscalização do Orçamento Participativo (Comforça) da regional, três projetos estão atrasados. A urbanização de ruas do OP 01/02 é uma delas. A obra no valor de R$ 2.516.764 só deve ficar pronta em junho do próximo ano. Das 193 remoções previstas, 175 já foram feitas. O projeto aprovado no OP 03/04 ainda aguarda ordem de serviço. No valor de R$ 1.216.543, estão previstas obras de urbanização de becos, contenção e drenagem. Já no OP 07/08, a obra no valor de R$ 89.667 está em fase de elaboração do anteprojeto. A previsão é que seja concluído no dia 26 deste mês.
O OP é a principal marca do modelo democrático-popular do PT na capital. Ele surgiu em 1993, durante o mandato do prefeito Patrus Ananias. No ano de seu 15º aniversário, o Orçamento Participativo teria R$ 207,8 milhões, mas até junho a execução era de R$ 59,2 milhões, ou seja 28%.
Diretor-presidente da Urbel, Claudius Vinicius Leite, informou que, na maioria das vezes, os atrasos são provocados por dificuldades na remoção das famílias em vilas e favelas. Segundo ele, o objetivo é manter as pessoas na mesma comunidade e não levá-las para a periferia da cidade. Ele cita como exemplo, a Rua Brasil, no Bairro Cabana, em que 200 famílias foram retiradas para abrir a via, que ainda não foi asfaltada.
Transição
Lacerda afirmou que começa na segunda-feira uma série de reuniões com a equipe de transição de governo para definir a agenda de governo. O novo prefeito disse que vai conversar também com vereadores, deputados estaduais e federais, para garantir recursos para o próximo ano, incluindo emendas para a criação de cursos profissionalizantes no orçamento federal.