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Estado de Minas

Vereadores de BH continuam sem votar projetos importantes para a cidade

Vários projetos de lei que, se aprovados, poderiam representar melhoria nas condições de vida dos moradores de Belo Horizonte, estão parados na Câmara Municipal. Alguns, há anos


postado em 09/11/2008 08:34 / atualizado em 08/01/2010 04:04

Às vésperas do encerramento da atual legislatura, os 41 vereadores de Belo Horizonte terão que se desdobrar para liquidar a fatura de projetos acumulados sem votação na Casa. Desde o período eleitoral, em meados de agosto, os parlamentares ganharam as ruas e entraram na briga para garantir mais um mandato no Legislativo, enquanto matérias importantes para a população – algumas em tramitação desde o primeiro ano da gestão de Fernando Pimentel (PT) – ficaram paradas. Está nas mãos dos vereadores a aprovação de autorizações de empréstimos para obras na área de saneamento e habitação, três textos de atualização da legislação urbanística, o convênio que permitirá a instalação do novo aterro sanitário da capital e a criação do conselho de fiscalização da aplicação de recursos da educação básica.

A atualização do Código de Obras da cidade, que é de 1940, está entre os principais projetos em tramitação na Câmara. Na Casa desde 2005, primeiro ano da legislatura, ele traz novas regras, simplificando a concessão de alvarás e licenças para as construções e facilitando a fiscalização das mesmas por parte do poder público. Um dos grandes problemas hoje são as obras realizadas clandestinamente em casas e estabelecimentos que, além de gerar prejuízo visual, colocam moradores em situações de risco. O projeto, de autoria do vereador Preto (DEM), recebeu um substitutivo do Executivo e está na ordem do dia para votação em segundo turno no plenário.

Também aguarda na fila de votações um projeto de alteração do Código de Posturas da cidade, que define a utilização do espaço público da cidade, como passeios, por exemplo. Outro projeto parado é o que traz novas adequações na Lei de Uso e Ocupação do Solo, tratando de questões como zoneamento, coeficientes de construção e pontos de ordenamento urbano. A legislação precisa ser mudada a cada quatro anos e há mais de oito não é revisada na capital.

Segundo a arquiteta e urbanista Marília Rangel, diretora de relações institucionais do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura, a renovação dessas leis é essencial para a qualidade de vida em Belo Horizonte. “Enquanto está parado estamos perdendo tempo para requalificar esse conjunto de legislação, que é o que dá qualidade à cidade”, disse. Especificamente em relação ao Código de Obras, a urbanista diz que são necessárias muitas modificações. “O código está ultrapassado para a cidade atual. Os atuais parâmetros arquitetônicos encarecem a obra ou dificultam a legalização de construções realizadas de forma clandestina”, afirmou, acrescentando que a irregularidade está presente em 40% das construções. De acordo com ela, além de favorecer a legalidade das novas construções, é preciso tornar o código mais flexível para permitir a regularização de imóveis construídos irregularmente.

Educação

O conselho para gerir os recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), enviado em 2007 ao Legislativo, também precisa ser apreciado ou pode gerar impedimento para futuras transferências voluntárias da União para o município. Atendendo a legislação federal, ele irá substituir o conselho do antigo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef). “É este conselho que vai fiscalizar as contas públicas no âmbito da educação”, afirmou o professor Geraldo de Paula Correia, membro do Conselho Municipal de Educação e conselheiro do Fundef. Ele acrescentou, no entanto, que a simples aprovação da lei não é suficiente, sendo preciso colocá-la em prática. “Desde abril de 2006 as contas do município não são aprovadas pelo conselho do Fundef. Então, o fundamental é dar transparência às contas públicas.”

Ainda em pauta, dois empréstimos que somam R$ 600 milhões, sendo R$ 450 milhões para redução de déficit habitacional, com aplicação em regularização fundiária e unidades habitacionais, e R$ 150 milhões para o programa de recuperação ambiental em Belo Horizonte (Drenurbs), que prevê ações na área de saneamento básico. Os parlamentares apreciam ainda o orçamento do município para o ano de 2009, com receitas e despesas fixadas na ordem de R$ 6,1 bilhão.



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