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Estado de Minas

Mandato de deputada está na corda bamba na ALMG

Julgamento do processo que pede cassação do diploma da deputada Maria Lúcia Mendonça, do DEM, recebe cinco votos favoráveis, dos sete totais, e será retomado quinta-feira


postado em 08/11/2008 10:01 / atualizado em 08/01/2010 04:06

Eleita pelo PMN com 22.151 votos, parlamentar teve as contas rejeitadas com base em informações de operação da Polícia Federal (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press -8/2/07 )
Eleita pelo PMN com 22.151 votos, parlamentar teve as contas rejeitadas com base em informações de operação da Polícia Federal (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press -8/2/07 )

O mandato da deputada estadual Maria Lúcia Mendonça (DEM) está ameaçado por dois votos. O julgamento do processo que pede a cassação do diploma da parlamentar no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) foi interrompido na noite de quinta-feira pelo pedido de vistas do desembargador Baía Borges, vice-presidente e corregedor eleitoral do TRE-MG. O caso volta a ser analisado na próxima quinta-feira. Cinco dos sete magistrados já votaram pela cassação. Maria Lúcia é acusada de captação ilícita de recursos na campanha eleitoral de 2006. A deputada diz que vai recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Eleita pelo PMN com 22.151 votos, a deputada teve as contas rejeitadas por unanimidade, depois do pedido do Ministério Público Eleitoral com base nas informações da Operação Castelhana, da Polícia Federal. De acordo com o TRE, ficou constatada a omissão de mais de R$ 80 mil em suas contas de campanha. Os magistrados que votaram a favor da cassação de Maria Lúcia se basearam na Lei das Eleições. O uso de “laranjas” na prestação de contas também foi citado pelos juízes. O relator do caso, juiz Sílvio Abreu, acredita que a deputada tentou esconder a origem dos recursos usando valores e data semelhantes.

De acordo com o processo, grande parte dos doadores, que contribuíram com mais de R$ 1 mil, declarados pela candidata é isenta de pagamento de imposto de renda, por serem cidadãos de baixa renda. O juiz Renato Prates também constatou que pessoas que doaram à campanha não tinham condições de encobrir recursos de outras fontes. As representações foram de autoria do Ministério Público Eleitoral e do primeiro suplente de deputado, Nacib Duarte Bechir.

Tranqüila, a parlamentar afirma que vai entrar com recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e que conta com a Justiça. “Essa foi a decisão em primeira instância e acho que foi injusta. Casos como esse são normais nos tribunais regionais e, indo para Brasília, tem outro resultado”, diz. O problema, segundo ela, é seu suplente. “Não é desta forma que se ganha vaga na Assembléia. A minha defesa é a mesma do Durval”, critica.

Caixa 2

 

Na mesma sessão, a TRE julgou improcedente, por quatro votos a dois, a representação do Ministério Público Eleitoral contra o deputado estadual Durval Ângelo (PT), por formação de caixa 2, no esquema do deputado Juvenil Alves (PT). O petista teve seu diploma cassado pelo TRE em abril deste ano, por abuso na captação e gasto ilícito de recursos em sua campanha eleitoral nas eleições de 2006. No entanto, no final de maio o ministro Joaquim Barbosa concedeu efeito suspensivo ao recurso apresentado pelo parlamentar no TSE contra a decisão do TRE mineiro. Com a liminar, Juvenil permanece na Câmara dos Deputados até que o mérito seja julgado.


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