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Estado de Minas

PF vasculha apartamentos de Protógenes


postado em 05/11/2008 20:39 / atualizado em 08/01/2010 04:06


Mentor da Operação Satiagraha, missão federal que investiga o sócio-fundador do Grupo Opportunity, Daniel Dantas, num suposto esquema de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e fraudes fiscais, o delegado Protógenes Queiroz tornou-se nesta quarta-feira alvo da Polícia Federal (PF), que integra há nove anos. Os policiais vasculharam um apartamento num hotel no centro da capital paulista, que o delegado ocupa quando se desloca para a cidade.

Pouco depois das 6 horas, Protógenes foi despertado por uma equipe de agentes e delegados federais, munidos de mandado de busca e apreensão expedido pelo juiz Ali Mazloum, da 7ª Vara Criminal Federal de São Paulo. Os federais levaram o computador pessoal do delegado, o rádio e o celular de Protógenes.

Outras equipes da PF, simultaneamente, fizeram blitz em outros dois endereços de Protógenes, em Brasília e no Rio, onde mora o filho dele, de 21 anos. Também nesses locais foram recolhidos pertences e equipamentos do delegado, alvo de inquérito que investiga o vazamento de informações sigilosas da operação que ele próprio criou para esmiuçar a vida e as atividades empresariais de Dantas.

O inquérito, presidido pelo delegado Amaro Lucena, corregedor da PF, apura ainda suspeita de grampos telefônicos ilegais. Além de Protógenes, são investigados agentes de sua equipe que também sofreram busca e apreensão por ordem judicial.

A devassa nos endereços de Protógenes foi requisitada, formalmente, pela PF, mas o procurador da República Roberto Diana se manifestou contra a inspeção e a apreensão de bens do delegado. No fim da tarde desta quarta-feira, Protógenes dirigiu-se à sede da Procuradoria da República, disposto a obter mais informações sobre os motivos pelos quais é investigado. O cunhado dele, o advogado Fernando Alfonso Garcia, declarou que Protógenes se indignou muito com a busca realizada na casa onde mora o filho, no Rio.

Satiagraha

No inquérito da Satiagraha, Protógenes havia denunciado o "vazamento criminoso" da investigação - segundo ele, a divulgação de dados sobre o caso alertou Dantas e outros investigados, como o especulador Naji Nahas e o ex-prefeito da capital paulista Celso Pitta (1997-2000). Quando a operação foi deflagrada, em julho, Protógenes acusou superiores de boicotar a Satiagraha ao não liberar contingente suficiente de homens para realizar as operações.

Com base na denúncia do delegado, o procurador Diana abriu procedimento para apurar a conduta da cúpula da PF. Protógenes foi afastado da condução do inquérito Satiagraha e ficou marginalizado na instituição.


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