Ainda quarta-feira, o juiz Vinícius Toledo Piza Peluso determinou a prorrogação por mais cinco dias das prisões temporárias dos cinco empresários detidos pela Unidade de Inteligência do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap) durante a operação. "Não tivemos até agora acesso aos autos, assim como nos foi vedado até o acesso à decisão que nos negou o acesso, o que impossibilita a defesa de recorrer", afirmou o advogado Roberto Podval, que defende os empresários Renato Pereira Junior e Marcos Agostinho Paioli, sócios da empresa Home Care. Segundo ele, a manutenção da prisão dos dois era injustificada, pois o primeiro prazo de cinco dias passou sem que a polícia os tivesse ouvido.
Outra forma de fraude que a máfia supostamente praticaria seria o fornecimento de editais de licitação prontos para as prefeituras. Assim teria ocorrido, segundo a polícia, na Prefeitura de Peruíbe (SP). A administração da cidade, no entanto, sustenta que as empresas suspeitas de preparar o edital para a compra de remédios "nunca fizeram parte do cadastro de fornecedores". "A prefeitura nunca comprou medicamentos das empresas. A administração tem se pautado por um trabalho sério, ético e com respeito ao dinheiro público." O processo para a compra de medicamentos na cidade deve ser aberto no próximo mês.