Representante do BID, José Luppo se reúne com o governador Aécio Neves e afirma que investimento é o melhor remédio contra a crise financeira - Foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press
A crise financeira internacional não vai interferir nos investimentos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no Brasil e em Minas Gerais. A garantia foi dada terça-feira pelo representante da instituição no país, José Luiz Luppo, que acertou novo financiamento para o estado no setor de turismo de negócios, terça-feira, no Palácio da Liberdade. Ele defendeu a manutenção dos investimentos como remédio para minimizar os efeitos da crise. Atualmente, o BID está disponibilizando US$ 350 milhões ao estado em 15 operações com os setores público e privado.Para Luppo, o Brasil também deve sentir efeitos da crise, mas com a redução de crédito em atividades mais específicas. Ele descartou cortes de financiamentos atuais e em estudo. “Não prevemos nenhuma possibilidade de redução de investimentos, pelo contrário. Acreditamos que é o momento de fortalecer um programa de atividades muito robusto que temos no Brasil, porque o investimento é a melhor forma de se proteger de crises econômicas”. Segundo o representante do BID, o investimento protege o emprego, que gera renda e conseqüentemente consumo.

Além de uma cartela de investimentos da ordem de US$ 350 milhões no estado, segundo Luppo, o BID tem outro programa para ser aprovado em curto prazo com um financiamento de mais US$ 221, “a primeira parceria público-privada do país na área da telefonia móvel”. Segundo o representante do banco, o BID está analisando a possibilidade de investir mais US$$ 1,7 milhão, que incluirá verbas para a terceira etapa do pró-acesso e para a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e outras.

O BID também preparou um pacote de financiamento para países em dificuldade em razão da crise econômica. Foram colocados à disposição dos países com problemas de curto prazo empréstimos de emergência de US$ 6 bilhões. Há ainda mais US$ 12 bilhões para investimento por ano. “São dois envelopes separados e vamos garantir ambos.”

O estado oficializou terça-feira um novo financiamento do BID para promover o turismo de negócios em Belo Horizonte. O banco fará uma doação de US$ 2,75 milhões ao governo de Minas por meio do Fundo Multilateral de Investimentos (Fumin). Com a contrapartida do governo mineiro de US$ 2,9 milhões, serão US$ 5,65 milhões em investimentos no setor. O objetivo do projeto, que terá a parceria do Instituto Evaldo Lodi, ligado à Fiemg, é articular ações para atrair novos eventos, especialmente internacionais, para Belo Horizonte. Os recursos vão para capacitação de profissionais, criação de parcerias, formação de equipes, diagnósticos e planos de ação na rede de turismo.

“Se tivermos a capacidade de nos organizar, planejar o desenvolvimento de cada uma das atividades do turismo e divulgar essas atividades, permitiremos que as gerações futuras colham os frutos dessa parceria. Na visão do governo do estado, tudo o que pudermos fazer nesses próximos anos, inclusive do ponto de vista orçamentário, vamos fazer, para garantir a mobilização e o estímulo do setor do turismo”, afirmou o governador Aécio Neves (PSDB).