POESIA
POEMAS
De T. S. Eliot
Companhia das Letras
432
R$ 89,90 e R$ 44,90 (e-book)
Com organização, tradução e posfácio de Caetano W. Galindo, professor da Universidade Federal do Paraná, o volume reúne praticamente todos os poemas de T. S. Eliot (1888-1965) editados em livros, ficando de fora alguns poemas publicados em revistas literárias. Desde a estreia, em 1917, com Prufrock e outras observações, é possível notar sua maturidade poética e sua maneira bastante própria de lidar com o Modernismo que surgia. Nascido nos EUA, mas vivendo em Londres, conheceu Ezra Pound, quem lhe influência e tenta auxiliar para publicar. O reconhecimento e projeção veio com A terra devastada, em 1922, sendo que, em 1948, foi consagrado com o Prêmio Nobel.
EDUCAÇÃO
PEDAGOGIA DO COMPROMISSO
De Paulo Freire (org. de Ana Maria Araújo Freire)
Paz & Terra
288 páginas
R$ 42,90
Seguindo o projeto de publicar e difundir a obra do maior educador brasileiro, a viúva de Paulo Freire reúne neste volume as conferências, palestras e discursos (às vezes improvisados) proferidos no final da década de 1980 e início dos anos 1990 em países latino-americanos. Aliando a necessidade de construir uma educação popular, sem deixar de apontar a relação com a política e o sentido cultural próprio de cada povo. Em uma discussão sobre autoritarismo no ensino, Freire diz “a gente deveria começar a brigar hoje para não ser tão reacionário e tão tradicional como a gente é”. Em linguagem coloquial, o autor reafirma e discute seu projeto de educação e seu compromisso com e ética e a estética.
CRÔNICA
VELHOS SÃO OS OUTROS
De Andréa Pachá
Intrínseca
208 páginas
R$ 34,90 e R$ 16,90 (e-book)
Juíza do estado de Rio de Janeiro, Andréa Pachá tem olhar apurado para os pequenos dramas que afligem todas as classes, buscando em suas obras anteriores (A vida não é justa e Segredo de Justiça) discutir as relações familiares, em que divórcios, guardas, pensões são apenas parte dos inúmeros conflitos desse universo tão humano. Agora, a autora mantém o cotidiano e a linguagem direta, quase coloquial, mas aborda a velhice. De maneira franca e sem rodeios, as crônicas trazem diversas vozes para o primeiro plano, fazendo os personagens surgirem muito vivos ao lidar com as condições da terceira idade: saúde, solidão, rejeição e outros temas que ganham humor sem perder a merecida seriedade.
HISTÓRIA
UM MUNDO SEM GUERRAS
De Domenico Losurdo
Unesp
434 páginas
R$ 89
A paz perpétua tem sido perseguida por filósofos e políticos por séculos e, embora pareça um ideal muito nobre e louvável, a verdade é que sua justificativa está normalmente associada a ideologias que sustentam ambições de poder. O filósofo e historiador italiano Domenico Losurdo busca explicar a origem e nomina as cinco principais reviravoltas históricas que sustentam essa ideia: a França após a revolução de 1789, a Áustria e o Império de Habsburgo com a Santa Aliança, a Grã-Bretanha pós-Revolução Industrial, a Rússia soviética e os EUA com a política neoliberal depois do fim da Guerra Fria. Para o autor, são viradas sempre atreladas a ideologias que, muitas, vezes, servem para justificar novas guerras.
ROMANCE
REPÚBLICA LUMINOSA
De Andrés Barba
Todavia
160 páginas
R4 47,90 e R$ 29,90 (e-book)
“Boa parte de nossas lembranças depende da marca que o tempo imprime em nossas sensações.” A frase dita pelo narrador do livro ganha maior sentido por ser ele quem vai investigar um fato ocorrido há 20 anos numa pequena cidade entre o rio e a selva. Nela, surgiram 32 crianças de origem desconhecida, que falam um idioma incompreensível e deixam a localidade fora de ordem. A presença desse grupo de crianças subverte a ideia de prosperidade, pois elas são violentas e passam a aterrorizar os moradores. Escrito com habilidade por um dos nomes mais prestigiados da nova literatura espanhola, a obra nos obriga a reformular a imagem de pureza em relação à infância e questionar a violência nas sociedades atuais.
FILOSOFIA
A AVENTURA
De Giorgio Agamben
Autêntica
80 páginas
R$ 42,50
Neste ensaio, o filósofo italiano investiga o sentido de aventura, partindo da concepção de Macróbio, escritor e filósofo romano da Antiguidade, de que cada homem é presidido por quatro divindades: o Demônio (no sentido grego de daímon, de potência vital), a Sorte (Tyche), o Amor (Eros) e a Necessidade (Ananche), a que o autor acrescenta a Esperança (Elpis). A ideia voltou à tona a partir da literatura cavalheiresca da Idade Média, foi discutida por Goethe e ganhou diferentes conotações, sendo desvalorizada na Idade Moderna. Além de realizar uma “arqueologia” sobre o termo, Agamben busca retomar a noção clássica de que a aventura está relacionada à abertura para o futuro e pulsão vital.