Jornal Estado de Minas

Consumo

Envelhecimento da população revela mudanças de comportamento no país


 
De acordo com dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população nacional acima dos 60 anos de idade triplicou nos últimos 50 anos, passando de 5,8% na década de 70 para 18,8% em 2020.





Também conforme dados do Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul, em 1970 o Brasil tinha uma proporção de 14,8 idosos (60 anos ou mais) para cada 100 jovens (de 0 a 14 anos). No entanto, este ano, o índice estadual de envelhecimento já passou de 100%, ou seja, já são 103,3 idosos para cada 100 jovens, o valor mais alto do País.

Em 2013, um estudo do Consórcio Público de Saneamento Básico da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos (Pró-Sinos) já apontava um aumento expressivo da população com mais de 60 anos. Há ainda uma estimativa de que o número de nascimentos continuarão caindo: entre 1980 e 1985 foram registrados 155.694, mas entre 2045 e 2050 a probabilidade é de que esse total caia para 76.164.

Atualmente, o Brasil registra 211,8 milhões de habitantes. Esses dados são referentes aos 5.570 municípios brasileiros acompanhados pelo IBGE, e divulgados no fim do mês de agosto. Esse número retrata que o crescimento populacional do último ano foi de 45,7 mil habitantes.





Queda de fecundidade e outros impactos no envelhecimento


Entre os motivos para o crescimento da população idosa no Brasil, a baixa fecundidade se destaca entre os principais. Sendo um fenômeno de escala global, ao contrário do que se pensa, o envelhecimento é um resultado do declínio da taxa de fecundidade e não necessariamente da taxa de mortalidade. Portanto, para que a população envelheça, é preciso ter a maioria populacional em idade mais avançada, contra um menor número de novos nascimentos. 

Vale destacar que a expectativa média de vida brasileira também aumentou nos últimos anos. Hoje, a média de vida é de 76,7 anos. Além disso, outras mudanças de comportamento são registradas, especialmente, por fatores como o maior acesso à saúde e as melhores condições médico-sanitárias dos brasileiros. Dessa forma, a qualidade de vida também contribui para o processo de envelhecimento, bem como o aumento da renda e o acesso à informação.

Soma-se a esse cenário social um melhor processo de envelhecimento também associado às políticas públicas como de seguridade social, aposentadoria, aumento significativo do salário mínimo, velhice assistida, saúde do idoso e mais qualidade de vida em consumo e serviços específicos para idosos, como viagens, serviços de saúde e beleza, academia, plano de saúde e outras opções de uso preferencial. 

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