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Estado de Minas

Dor no calcanhar pode ser sinal de fascite


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postado em 15/06/2016 17:46 / atualizado em 15/06/2016 17:54

Marcelo Freire, ortopedista do Corpo Clínico do Biocor Instituto, alerta que ficar em pé muito tempo provoca a degeneração da fáscia plantar(foto: ARQUIVO PESSOAL)
Marcelo Freire, ortopedista do Corpo Clínico do Biocor Instituto, alerta que ficar em pé muito tempo provoca a degeneração da fáscia plantar (foto: ARQUIVO PESSOAL)
Os pés sustentam a grande carga do corpo e a região do calcanhar é a responsável por distribuir o peso corporal por todo o pé. Por ser aquele que suporta o impacto durante as atividades mais básicas, como caminhar, o calcanhar merece atenção e cuidado. De acordo com Marcelo Freire, médico ortopedista do Corpo Clínico do Biocor Instituto, entre as causas mais comuns de consultas ortopédicas, em especial aos que se dedicam ao tratamento das enfermidades dos pés, está a dor no calcanhar, que acomete homens e mulheres, mas com discreta prevalência no gênero feminino.

Popularmente conhecida como esporão do calcâneo, a fascite plantar é a causa mais comum de dor no calcanhar. “Ocorre por um processo degenerativo da porção proximal da fáscia plantar, a estrutura anatômica fibrosa, que tem sua origem no osso do calcanhar e se estende até a frente do pé”, explica Marcelo Freire. O termo esporão do calcâneo é vulgarmente usado para se referir a essa enfermidade, já que cerca de 50% das pessoas com dor apresenta a imagem do esporão na radiografia do pé. “Antigamente, acreditava-se que o esporão poderia ser a causa da dor. Hoje, sabe-se que, em geral, ele não é a causa”, ressalta o especialista.

A degeneração da fáscia plantar, que leva ao quadro de fascite plantar, é multifatorial. “Entre os fatores predisponentes, destacam-se a prolongada permanência em pé, encurtamento da panturrilha, corredores, obesidade e alterações estruturais nos pés, com destaque para o pé plano ou cavo”, observa o doutor, apontando também os formatos dos ossos dos pés.

O tratamento da fascite plantar envolve medicação anti-inflamatória, correção de eventuais desvios de eixo dos pés com palmilhas, alongamento da fáscia plantar e da musculatura da panturrilha e perda de peso. O médico, que também é membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé (ABTPé), considera que medidas conservadoras devem ser tentadas por um período de seis a 10 meses, com bons resultados em cerca de 90%. “Nos casos refratários, podemos recorrer a infiltrações, órteses de uso noturno, terapia de onda de choque ou tratamento cirúrgico.”

A fascite não é a única inimiga do calcanhar. Outros quadros dolorosos também atacam a região, como a tendinite do Aquiles, fratura de estresse do calcâneo, compressão de nervos periféricos e distúrbios de cunho reumatológico. “É importante o correto diagnóstico, para o tratamento”, analisa Marcelo.

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