Jornal Estado de Minas

Reflexão

Anticoncepcional: necessidade de dividir a responsabilidade

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Michelly Motta
Rio de Janeiro

“De acordo com o último levantamento do IBGE, cerca de 70% das brasileiras utilizam métodos contraceptivos. Um dos mais comuns é a pílula anticoncepcional, um método seguro na prevenção, que utiliza hormônios sintéticos. Mas será que viver sob o efeito desses hormônios afeta a saúde das mulheres? A resposta é sim. Para prevenir uma gravidez, as mulheres se submetem a uma série de efeitos colaterais, desde o aumento de peso e a perda da libido até o impacto na saúde mental. Há ainda um pequeno aumento do risco de câncer de mama. Essas mudanças negativas estão atreladas ao uso da pílula, e uma parcela da sociedade entende isso como uma necessidade que a mulher precisa assumir, mas essa responsabilidade não deve cair apenas sobre o público feminino.




 
Uma mulher pode engravidar até duas vezes durante um ano, enquanto um homem pode fazer o mesmo inúmeras vezes durante esse período. Sem o uso de métodos contraceptivos, o homem tem um poder de reprodução maior que o da mulher. Melhor seria, então, evitar a gravidez indesejada diretamente na raiz da questão.
 
Pesquisadores da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, desenvolveram um contraceptivo masculino que obteve uma taxa de sucesso de 99% em camundongos. O novo método não envolve hormônios, então não apresentou efeitos colaterais. O resultado é positivo, pois com o avanço dessa descoberta os homens poderão dividir a responsabilidade da prevenção com as mulheres. Resta aguardar e torcer pelo avanço das pesquisas, para que nós mulheres possamos ser libertas dessa responsabilidade exclusiva.”

* Ginecologista especializada em videolaparoscopia e histeroscopia