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Estado de Minas Brasil

Metáfora da relação entre Poderes


17/05/2022 04:00

Humberto Schuwartz Soares
Vila Velha – ES

“A família Brasil tem um longevo pai, que se chama Povo, com três filhos e netos, muitos netos. O Povo é quem paga a conta e os filhos, cheios de regalias, sempre querem mais e a conta só aumenta. Haja grana para sustentá-los. A princípio, os filhos do Povo deveriam ser amigos e viver harmonicamente, mas o orgulho e a ambição prevalecem, insaciáveis, incontroláveis... O Povo é quem sustenta todos os familiares, e alguns dos seus descendentes extrapolam seus limites, causando sérios problemas entre os irmãos, carecem de puxões de orelha, mas o Povo é ignorado e sem autoridade para ser respeitado; estão grandinhos e não ouvem o que o Povo diz, não querem conselhos e, às vezes, agem fora dos seus limites, criando confusão. Nome dos filhos: Executivo, Judiciário e Legislativo.  O Executivo é quem mais sofre com as alfinetadas dos irmãos, apesar de ser o que mais trabalha; tudo de ruim é na conta dele, inclusive mortes da COVID, da alçada dos governadores. Recebe críticas de toda espécie e não leva desaforo pra casa. Quando pisam no seu pé, responde na lata. O Legislativo tem alguns filhos resmungões que, ao invés de solucionar seus problemas internamente, no âmbito paterno – afinal, o pai está ali para ouvi-los e aparar as arestas –, mas eles têm um tio, Judiciário, que acata as suas reivindicações para aporrinhar o Executivo com as indevidas inoportunas queixas, ao invés de apenas escutar, encaminhá-lo de volta para o pai Legislativo, onde é o fórum para resolver 99% das suas pendengas. Carecem de safanão pela inconsciência. O Judiciário, cheio de autoridade, deveria ser maduro e malandro moderador, respeitando a lei, sem se imiscuir fora da sua seara, mas também não se contém com injúrias indelicadas, rigorosamente impróprias, que deveriam entrar num ouvido e sair no outro, ao contrário de evidenciar as calúnias, atropelando o regulamento para punir no foro impróprio para tal. Daí o circo pegar fogo por bobagens, mesquinharias que passariam despercebidas ou rapidamente esquecidas. O pai Povo a tudo assiste, tenta acalmar os ânimos, mas não é levado a sério pelos seus três filhos, que, quando pequenos, eram obedientes, mas hoje, crescidinhos, desatentos, fingem que ouvem, mas não ouvem. Daí a desarmonia. ‘A família unida jamais será vencida.’”

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