Jornal Estado de Minas

Terapia do riso

Rir faz bem à saúde e é libertador



Leslye Revely*
São Paulo

"Coringa. Joker. Bobo da corte. Jester. Palhaço. Trukster. Truqueiro. Nomes diferentes, lugares e tempos diversos, mas com sentidos parecidos. Um personagem antigo, o significado do arquétipo: aquele que subverte a ordem. O desajustado. 
A quebra. O Lapso. 
O erro. A ruptura. 
A surpresa. O inesperado. 
O choque. O riso.





O riso é um movimento voluntário e de esforço físico. Dilatam-se as pupilas, 
erguem-se os músculos da face, emitem-se sons, os olhos brilham, o corpo contorce… 
E por dentro? Fabricação de endorfina rápida e fácil, alívio dos músculos, descarregamento do peso. 
Rir é soltar-se, deixar fluir,
livre e sem ordem.

O riso é libertador e subversivo na mesma proporção. 
O coringa é a carta que 
pode tudo no baralho, 
muda as regras, vem de surpresa, subverte. 
E Coringa é vilão, porque destrói o estabelecido. 
Promove o riso. Sua boca, 
larga e vermelha enfatiza 
onde se dá o riso, sinaliza a força da gargalhada.
Muito já foi provado que o riso é benéfico para a saúde. Importante dizer que também para o coletivo, pois rir em grupo é culturalmente poder. Tem o riso do outro e o riso com o outro.

No Dia Internacional 
do Riso (18 de janeiro), opte pela última alternativa.
Rir também se aprende 
e se aprimora. 
A perfeição é uma idealização 
e uma utopia, todo 
o resto é imperfeito, 
real e risível.
Feliz Dia Internacional do Riso!"


* Professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie




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