José Pedro Naisser
Curitiba
“Enquanto o mundo ainda conta seus milhões de mortos provocados pela COVID-19, a menos de uma semana para o início da COP-26, que será sediada na Escócia, o renomado jornalista e editor do jornal britânico Financial Times, Martin Wolf, num grande artigo publicado em 20 de outubro, cita que a COP-26 pode ser a última chance de colocar a humanidade no caminho de zerar as emissões dos gases do efeito estufa. As empresas geradoras e poluidoras prometem reduzir a partir de 2030, os governantes em 2050, se ainda existir vida aqui na Terra.
Nesse sentido, caiu como uma bomba a notícia vinda da China, na última sexta-feira. O governo chinês anunciou que eliminará as restrições para a produção de carvão em sua matriz energética e mandou suas minas operarem com capacidade total, já que o inverno se aproxima no hemisfério norte. Logo em seguida, a Índia tambem se junta à grande potência dizendo que poderá chegar a 50% de sua matriz energética baseada no carvão vegetal, e que seu povo se preparare para o rigoroso inverno que se aproxima. Assim, caem por terra todos os esforços da ONU, que não consegue convencer os donos do mundo e maiores poluidores de que não teremos uma segunda chance nem um Planeta B. Esse é o mundo hoje que segue com sua nau dos insensatos e a marcha da insensatez, contra a natureza e a vida.
Estamos na era da escassez, no meio das enormes tragédias do mundo, como a crise sanitária, desigualdades sociais, escassez hídrica, escassez de energia para as empresas, degradação dos biomas no cerrado, Pantanal e floresta amazônica, no Brasil. Com tristeza pelas gerações futuras e pela biodiversidade.”