Jornal Estado de Minas

Análise

Razões para o alto preço dos combustíveis

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Carlos Wagner da Silva Dias
Belo Horizonte 

“O preço está elevado?

Vamos privatizar tudo e entregar para as multinacionais os destinos do país.





Deve-se considerar para calcular o preço do barril de petróleo produzido no país as origens do petróleo.

Temos no Brasil a extração em plataformas marítimas (petróleo fino, tipo naftênico), em terra (petróleo grosso, tipo parafínico), xisto pirobetuminoso (São Mateus do Sul), óleo retirado da rocha, sendo necessária extração, transporte por caminhões, britagem, extração por meio de calor, e petróleo importado.

A balança comercial é superavitária, pois exportamos produtos mais caros e importamos produtos mais baratos

Além disso, temos o custo das unidades de produção, que são as refinarias, cada uma com uma tecnologia e equipamentos instalados em épocas diferentes, portanto, com desempenhos diferentes.

No Brasil, uma empresa, na década de 1970, desenvolveu um sistema de extração de petróleo do xisto por processo contínuo; anteriormente, era por bateria, aumentando a produção e diminuindo os custos.





Essa tecnologia foi copiada pelo mundo, aumentando a produção de petróleo, reduzindo seu valor, principalmente porque, nos Estados Unidos, Canadá, o xisto é encontrado não em rocha, mas em areia branca, o que facilita mais ainda a retirada do óleo.

O rendimento de óleo a partir de xisto pirobetuminoso é da ordem de 40 litros por tonelada de xisto.

A China tem as maiores reservas, seguida dos Estados Unidos (maior produtor de óleo de xisto), Argentina em 3º, e Brasil em 10º em reservas.

Os valores dos combustíveis consumidos no país devem ter uma política compatível com a população, portanto, calculados sobre os fatores de preço interno, sem considerar o  valor do dólar e o preço do barril no mercado internacional.





No caso das exportações, o preço deve considerar o preço do barril e o valor do dólar; o mesmo ocorre com os produtos elaborados (gasolina, nafta, querosene...) exportados.

Se a Petrobras adota a política de preços internacionais, em virtude dos acionistas que querem o lucro, visando à composição de preços com fatores que nada têm a ver com os custos de produção, a população será sempre prejudicada, por pagar por um produto produzido no país com ‘custos’ internacionais.

Acorda, Brasil.”



audima