Antonio Negrão de Sá
Rio de Janeiro
“Bolsonaro mexe as pedras políticas de acordo com seu perfil terrorista. A ditadura de 64 produziu militares com esse conceito que não foram punidos, mas anistiados. O Brasil vai ter de equacionar esse problema, pois o terrorismo chegou à Presidência. Na Guerra Fria, criaram um inimigo de todos, conceituado como comunismo. No Brasil de 2021 e 2022, esse sentimento ainda continua presente em parte das Forças Armadas e da sociedade. Lula, para eles, simboliza esse inimigo. Aí se entende o recuo dos militares na sua essência: hierarquia e disciplina. Mas essa concepção, por ser kafkiana e surreal, arrastará militares e demais setores que apostarem nela ao desastre, antes causando muita tragédia à população. A oposição não tem saída a não ser lutar pelo fora Bolsonaro e a volta do Estado de direito. Impossível conciliar com um inimigo que quer destruir todos os direitos conquistados até aqui. No dia 19, todos à rua contra o terror.”