Antonio Negrão de Sá
Rio de Janeiro
“No Brasil, cada dia um dia, uma leitura na política. É complexa a conjuntura e a correlação de forças. Quem ganha nesse quadro, inclusive com a pandemia? Parte de corporações econômicas reacionárias, grupos financeiros (banqueiros), grandes plataformas digitais. Nos EUA, a derrota da ultradireita não serve de exemplo, outra realidade. Aqui, Bolsonaro recebe apoio dessa correlação de forças. Explodiu a base política neoliberal (PSDB, DEM, MDB), mas mantém a econômica. Globo e sua concessão, porta-voz neoliberal, pode ser ‘bola da vez”. A estratégia no apoio a Bolsonaro utiliza a exploração das mazelas e heranças ideológicas do capital (individualidade, comunismo, fim da pequena empresa e mão de obra improdutiva). Bolsonaro prefere duelar com a esquerda, sem Lula, pois pede vistas no STF. Restam as contradições. Conseguirá manter a correlação de forças, inclusive da classe média?”