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Estado de Minas RACISMO

Cidadão questiona o o fim dos protestos


13/12/2020 04:00

Leonardo Torres
São Paulo

"Há algum tempo, a população brasileira indignou-se com o assassinato de João Alberto Silveira Freitas por seguranças em uma unidade da rede Carrefour. Essa indignação comoveu a população não somente de maneira racional, mas também emocional, o que levou a protestos por todo o Brasil. Se pudéssemos escolher algumas características da sociedade atual, com certeza uma delas seria a vontade de romper com alguns paradigmas preconceituosos. A legitimidade das manifestações antirracistas que ocorrem pelo mundo é de extrema importância para essa virada de chave, mas ainda falta sustentarmos esse movimento. Essa comoção coletiva se dá graças à capacidade do ser humano em contagiar e ser contagiado pelas emoções. Por exemplo: em um grupo de amigos, é normal todos sentirem fome e sono juntos. A risada de um causa risadas em outros. Ou, então, uma ânsia de vômito pode fazer outros vomitarem também. Essa capacidade é um dos fatores de sobrevivência para animais que são gregários. No caso do ocorrido no Carrefour, o contágio psíquico se deu pela indignação e raiva, gerando revolta como um todo. Felizmente, esse contágio gerou algo criativo em prol de um bem social e antirracista. A grande questão é que, na maioria das vezes, essa comoção coletiva vem acompanhada de uma catarse, isto é, uma tentativa de expurgar o incômodo. Não à toa, houve depredação de algumas unidades do Carrefour. E uma vez atingida a catarse, a normalidade tende a voltar. É nesse ponto que os protestos perdem força e os preconceitos se enrijecem novamente. É necessário colocar não somente o emocional, mas o racional 
e a consciência em prol desse movimento, a fim de sustentar a 
voz da equidade humana."

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