Daniel Marques
Virginópolis – MG
"Há 116 anos, opositores do presidente Rodrigues Alves usaram a obrigatoriedade da vacina contra a varíola para uma tentativa de golpe militar e assim conseguiram uma revolta popular com saldo de 30 mortos, muitos presos e destruição. Hoje, vemos o presidente Bolsonaro dizer que é contrário à vacinação obrigatória contra a COVID-19, que já é o maior desafio para a humanidade dos século 21, por motivos incompreensíveis. É público e notório que o Brasil elegeu um presidente com mentalidade medieval, mas é inadmissível que o Senado, a Câmara dos Deputados e demais representantes da sociedade ignorem medidas genocidas e contrárias ao desenvolvimento econômico e social do Brasil. Basicamente, o direito à liberdade não é absoluto a ponto de estar acima do direito à saúde das outras pessoas, e muito menos o governo tem o direito de destruir campanhas centenárias e caríssimas feitas por médicos, enfermeiros e agentes de saúde, que, através da vacinação, evitaram doenças e despesas futuras à Previdência e à sociedade. Extremamente desagradável conviver em uma sociedade
ignóbil, em que precisamos defender o óbvio."