Eduardo Martins
Belo Horizonte
"Nesta semana, repercutiu nas redes sociais o caso do analista de sistemas Diógenes Renan, que recebeu um bilhete homofóbico em seu apartamento após andar de mãos dadas com o namorado. No bilhete, a pessoa que enviou diz se sentir incomodada por ter visto os homens de mãos dadas e ter que explicar isso para o filho, e diz que eles deveriam ter respeito, pois aquele é um local de família. É um absurdo que, em 2020, situações desse tipo ainda aconteçam, em que uma pessoa se acha no direito de controlar a vida da outra e entende um casal andando de mãos dadas como um ato de desrespeito, e não uma mera demonstração de afeto, que ocorre frequentemente entre qualquer casal. Atitudes como essa mostram que, ainda com todo o avanço na luta contra a homofobia e o espaço que a comunidade LGBT vem ganhando, violências como essa permanecem intrínsecas na sociedade e homofóbicos ainda se acham no direito de cobrar respeito de casais LGBT, quando, na verdade, eles é que deveriam se recolher na própria ignorância e respeitar pessoas que não estão fazendo nada além de viver a própria vida."