Eduardo Martins
Belo Horizonte
"O pantanal passa, atualmente, por uma das queimadas mais longas em décadas, e a luta diária dos brigadistas contra esse fogo é algo ainda muito pouco falado. Recebendo um salário mínimo, esses homens, muitas vezes, viram noites e enfrentam situações perigosas na tentativa incessante de diminuir o fogo que avança sem parar. Muitos descrevem os horrores de ver os animais fugindo ou já carbonizados e mortos, além das dificuldades físicas de passar o dia todo apagando o fogo, que muitas vezes, no fim do dia, acaba sendo levado para outras áreas por uma mudança no vento, causando uma sensação de impotência extrema nos brigadistas. O trabalho desses homens e o perigo que eles correm, trabalhando à noite e entrando em áreas de difícil acesso para acabar com essas queimadas e salvar nosso bioma, precisa ser mais valorizado. No mínimo com salários mais dignos e mais garantias, uma vez que a maioria desses homens são contratados apenas temporariamente."