Gregório José
Belo Horizonte
"O ser humano se adapta fácil. Nos primeiros dias de isolamento social foi de: era tudo que eu queria, trabalhar em casa e continuar ganhando meu salário. Depois veio a onda da depressão: não sei o que fazer de minha vida. Ficar trancado é ruim. Aqueles encontros em bares e restaurantes nos fins de semana foram trocados pela busca de novos produtos e novas modalidades. Vou fazer um prato especial e isso fez com que as empresas e os profissionais especializados lançassem receitas e mais receitas e as empresas de produtos alimentícios passassem a oferecer sugestões de como utilizar bem e criar pratos saborosos. Mudou-se o comer bem pelo comer com saúde. Não que comer fora fosse ruim, mas é um novo estilo do faça você mesmo. O ser humano vem se adaptando após três, quatro meses de isolamento social. Os processos de transformações das empresas (comércio e lojas) foram jogados de cabeça para baixo e aquele que buscou metodologias vem se dando bem e vendendo bem. Terão, agora, no entanto, que se reinventar. Com a reabertura das cidades, será que o cliente voltará como antes ou vai querer ser atendido, especialmente, em casa, como ocorreu neste período de isolamento? As empresas que focaram no cliente saíram-se bem ou aquelas que se adaptaram melhor conseguiram ampliar seu mix e, por conseguinte, sobressaíram-se melhor? O mundo não será como antes. Isso é um fato. Mas, o que o cliente do futuro quer hoje?"